Data de publicação: 15 de Janeiro de 2021, 23:00h, atualizado em 15 de Janeiro de 2021, 19:20h
LOC.: Faz um ano que a história recente da humanidade ganhou um novo capítulo de âmbito mundial. Há um ano a Covid-19 chegou arrastando mudanças e ceifando vidas ao longo de todo esse período e não há uma pessoa sequer que possa dizer que passou ileso por essa pandemia - que ainda não terminou.
O impacto daqueles primeiros dias de 2020, quando ainda não tínhamos quase nenhuma informação a respeito da doença, foram embalados por um misto de medo e surpresa. É o que recorda a professora universitária Cilene Campetela, que mora na capital do Amapá, Macapá.
TEC./SONORA: Cilene Campetela, professora universitária.
“Estávamos vivendo o começo da pandemia, entre fevereiro e março, quando chegou abril, tive os sintomas. Primeiro começou com meu marido. Mas logo no começo da pandemia não tinham testes, fizemos uma consulta online, que identificou como um possível caso.”
LOC.: No Brasil, passamos da marca de sete milhões de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus e a doença atingiu 100% dos municípios do País. Em relação aos óbitos, chegamos 200.498 mortes de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde até o fechamento desta reportagem.
Apesar de toda a tragédia relacionada à Covid-19 e ao número de mortes que a doença fez aqui no Brasil, é importante observar que entre erros e acertos, a pandemia poderia ter causado danos maiores à população, caso os gestores públicos não tivessem agido rápido para proteger suas comunidades.
E mesmo que muitos municípios tenham renovado as prefeituras, o impacto da gestão anterior vai continuar, por isso é preciso absorver as experiências municipais de sucesso no combate ao novo coronavírus.
Isso é o que afirma a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Cristiane Pantaleão, que também é secretária municipal de Saúde de Ubiratã (PR).
TEC./SONORA: Cristiane Pantaleão, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
“Tivemos uma troca de gestão nos municípios e, para continuar os atendimentos, no ano passado o Ministério da Saúde fez um repasse de recursos importantes para ajudar na organização de combate à Covid-19. Mas é claro que só dinheiro não é suficiente. O que a gente espera é que os gestores, junto com os profissionais de saúde, desenvolvam novas estratégias de atendimento para a população.”
LOC.: Essa é uma visão compartilhada pela gestora adjunta da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde de Jundiaí (SP), Dayane Martins, que nesse um ano de combate ao coronavírus, afirmou que a gestão pública municipal soube observar os pontos mais importantes para a saúde pública.
TEC./SONORA: Dayane Martins, gestora adjunta da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde de Jundiaí (SP).
“Vale a pena destacar que em anos anteriores o Ministério da Saúde já estava investindo em Atenção Primária e na porta de entrada da população ao SUS, com a reformulação de estrutura e aparelhos das unidades básicas de saúde, quanto no funcionamento, o que no final das contas fez toda a diferença para atender a população.”
LOC.: A fala da médica vai ao encontro dos recursos destinados ao combate da doença – que até agora foi liberado pelo governo federal quase R$ 65 bilhões de reais.