Foto: Arquivo/EBC
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AM: produção de castanha-do-brasil, pirarucu e guaraná ganha incentivo de R$ 2 milhões

Ação deve beneficiar pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e seus empreendimentos

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Com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da castanha-do-brasil, do pirarucu selvagem e do guaraná nativo no Amazonas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou uma iniciativa que deve expandir a economia dessas atividades.

A ação, segundo o coordenador-geral de Extrativismo da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Marco Pavarino, também vai beneficiar pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e seus empreendimentos.

“O objetivo é agregar valor aos produtos da sociobiodiversidade, do extrativismo que são trabalhados pela agricultura familiar, proporcionando o desenvolvimento regional desses produtos e que, no final das contas, vai proporcionar a inserção desses agricultores nos arranjos de bioeconomia. Isso vai trazer mais geração de renda e melhoria da qualidade de vida para essas pessoas, o que também gera impacto no desenvolvimento econômico do País”, considera.

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O projeto vai contar com um investimento de R$ 2 milhões. Até dezembro de 2022, os recursos devem ser aplicados em atividades de capacitação e gestão de empreendimentos, sistematização de informações do extrativismo e da sociobiodiversidade, no estímulo do desenvolvimento de soluções tecnológicas e na ampliação do acesso ao crédito, por meio da linha Pronaf Bioeconomia.

A diretora-presidente da Associação dos Agropecuários de Beruri (ASSOAB), Sandra Amud, afirma que a medida anunciada, de fato, contribui para economia do setor. Segundo ela, trata-se de uma área que precisa de incentivos que possam dar maior visibilidade para diferentes cadeias produtivas.

“Uma cadeia fortalece a outra, na medida em que a bioeconomia ganha força e desenvolvimento e a sociedade passa a valorizar produtos da sociobiodiversidade como essenciais para a economia agnada ao desenvolvimento ambiental e à manutenção dos recursos naturais. Em especial na Amazônia que possui uma diversidade de produtos que necessitam de incentivos e pesquisa para começar a serem explorados economicamente”, avalia.

As atividades serão focadas na promoção da bioeconomia pautada na ciência e na tecnologia. Sendo assim, a ideia é estabelecer uma interiorização do desenvolvimento e o fomento aos arranjos produtivos e de comercialização de suprimentos dos produtos da sociobiodiversidade e do extrativismo.

Parceria

A iniciativa faz parte do programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, coordenado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) do Mapa e é uma parceria com o governo do estado. 

Outro objetivo previsto é estruturar e fortalecer as redes de relações entre todos os envolvidos nessas cadeias, além dos que se interessam em fazer parte dela. Os arranjos produtivos de comercialização entre os empreendimentos e os setores produtivos apoiados também devem ser buscados.

Um dos problemas que levou à elaboração do programa foi o baixo grau de tecnologia e inovação nos segmentos, a pouca agregação de valor, o acesso reduzido a mercados diferenciados e a necessidade de uma melhor estruturação dos mercados da bioeconomia no Amazonas.
 

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