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Alimentos representaram 60% na inflação dos mais pobres em outubro, segundo Ipea

Nos últimos 12 meses, índice saltou de 0,01% para 0,98% entre as famílias de renda mais baixa

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A alta no preço dos alimentos foi responsável por 60% da inflação dos mais pobres em outubro, aponta o indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). De acordo com a pesquisa, a inflação em 2020 para famílias de renda muito baixa está acumulada em 3,53%. Em 12 meses, o índice chega a 5,33%. 

Os mais pobres, de acordo com a pesquisa, são as famílias cuja renda é menor do que R$ 1650,00 mensais. Para este grupo, o setor de alimentos e bebidas teve peso importante no orçamento no último mês. As variações no preço do arroz (13,4%), da batata (17%), do tomate (18,7), do óleo de soja (17,4%) e das carnes (4,2%) se destacaram. 

Preço do leite registra alta em outubro

Já o grupo de famílias de alta renda vem se beneficiando com a deflação acumulada de alguns serviços que têm peso importante em sua cesta de compras, como as passagens aéreas (-37,3%), o transporte por aplicativo (-22,7%), o seguro de automóvel (-9,9%) e a gasolina (-3,3%). Em outubro, a inflação para os mais ricos foi de 0,82%. 

A inflação apresentou alta para todas as faixas de renda nos últimos 12 meses. Há um ano, o índice era de 0,01% para os mais pobres. Hoje, está em 0,98%. Já para os de melhor condição financeira, o indicador passou de 0,17% para 0,82%.

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