
LOC.: O varejo deve registrar crescimento nominal, sem descontar a inflação, de 4,8% em fevereiro e de 5,1% em março, na comparação com os mesmos meses de 2022. Os dados são do Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, o IDV.
Quando descontado o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, o IPCA, o índice projeta queda de 0,6% em fevereiro e um crescimento de 0,8% em março, também comparado aos meses do ano anterior.
O presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho, explica que o instituto possui como associados os maiores varejistas do país e, para chegar aos números apresentados pela pesquisa, as empresas reportam seus próprios resultados.
TEC./SONORA: Presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho
“Eles nos informam o que pretendem comprar para os seus estoques, o que eles acham que vão vender nos próximos meses. Pegamos essa massa de dados, trabalhamos e divulgamos mensalmente qual será a previsão do varejo e temos acertado muito. Felizmente parece que estamos retomando o crescimento.”
LOC.: Em relação às projeções nominais por setores, apenas o de hiper e supermercados, alimentação e bebidas apresentou projeção negativa, com retração de 1% em março. Os demais segmentos apresentaram variação positiva, com destaque para os de tecidos, vestuário e calçados, que devem crescer 17,0% em fevereiro e 27,0% em março.
Para o professor da Universidade Mackenzie Hugo Garbe, esse aumento já era esperado, devido ao declínio da pandemia do coronavírus. Segundo o economista, no auge da pandemia, o país possuía 14 milhões de desempregados, enquanto hoje tem oito.
TEC./SONORA: Hugo Garbe, doutor em economia e professor da Universidade Mackenzie
“O Brasil gerou seis milhões de empregos no último ano e meio. Isso, naturalmente, contribui para que as famílias, para que as pessoas consumam mais.”
LOC.: Desde o início da pandemia, as vendas têm variado de acordo com as condições de consumo da população e a gravidade da crise sanitária.
Reportagem, Nathália Guimarães.