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A Universidade de São Paulo (USP) está retomando as atividades presenciais para os estudantes neste início de outubro. Em carta enviada aos alunos da graduação, o reitor da USP, Vahan Agopyan, aponta que, apesar de o calendário ter sido cumprido durante o ensino remoto, a volta das atividades presenciais é necessária para a formação profissional dos estudantes.
“Não houve prejuízo maior aos alunos quanto ao cumprimento do calendário escolar, mas sim na formação global do profissional que a Universidade se desdobra para oferecer. Vamos juntos recuperar o que não pudemos fazer nesses últimos 19 meses”, declarou.
Entre as medidas adotadas pela USP, está o escalonamento de ambientes de refeição, como salas de almoço, copas e cantinas. Os locais devem ser adaptados para possuir ventilação e ter um número máximo de pessoas por turno e horário fixo de permanência.
Além disso, funcionários com guarda de crianças de até 12 anos terão a jornada de trabalho híbrido e poderão continuar no teletrabalho enquanto as crianças não retornarem às próprias atividades escolares presenciais, cabendo aos servidores comprovarem à instituição essas condições. Por fim, servidoras e alunas grávidas também poderão permanecer no sistema completamente remoto.
Em São Paulo, um decreto de julho do governo paulista autorizava a volta do ensino presencial em instituições de nível superior. Antes disso, apenas os cursos de áreas da saúde poderiam ter aulas presenciais.
Porém, segundo o Semesp, associação que representa instituições de ensino superior no Brasil e especialmente no estado de São Paulo, cada instituição de ensino superior tem autonomia para a definição e condução do retorno às atividades presenciais, considerando projetos pedagógicos e especificidades de cada curso.
Atualmente, o estado de São Paulo possui 2 milhões de estudantes do ensino superior, segundo dados oficiais do governo.
Isabela Menezes, estudante de psicologia em uma universidade privada de São Paulo, já está tendo atividades práticas presenciais desde o início do semestre. Segundo ela, o retorno está sendo essencial para a sua aprendizagem.
“O difícil é se acostumar ao presencial depois de tanto tempo no remoto, mas é inevitável reconhecer como nós absorvemos mais os conteúdos e colocamos as atividades melhor em prática quando estamos presencialmente”, diz.
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Na Unicamp, apesar de o semestre letivo ter iniciado em agosto, o retorno começou de forma gradual no dia 13 de setembro, quando docentes com o esquema vacinal completo voltaram às atividades. A orientação da universidade aos estudantes é que, até o fim deste semestre, permaneçam com as aulas teóricas no modo remoto e, assim que também completarem a imunização, passem a frequentar atividades práticas, grupos de estudos e dúvidas presencialmente.
Em parceria com a prefeitura de Campinas, o campus da Unicamp também se tornou um ponto de vacinação para a população do município. “Queremos que os nossos alunos venham ser vacinados aqui, temos vacinas para todos. E isso não significa aulas presenciais, significa uma retomada das atividades de ensino lenta e gradualmente”, explica o reitor Antônio José Meirelles.
Uma das regras para este retorno vai ser o comprovante de vacinação de docentes e estudantes com a data de, no mínimo, 14 dias após a segunda dose aplicada. Maria Luiza Moretti, coordenadora geral da Universidade de Campinas (Unicamp), explicou como será feita a comprovação vacinal: “Em relação à vacina, ela será obrigatória para todos os nossos servidores e alunos. A nossa área de TI já está desenvolvendo um programa que reunirá todo esse sistema de informações que será exigido.”
Com a retomada, as instituições de ensino também reforçam a importância de manter os cuidados contra o coronavírus, como o uso de máscaras e higienização das mãos.
A infectologista Ana Helena Germoglio acredita que essas medidas tenham mais adesão entre os universitários que na educação infantil, por exemplo: “As mesmas medidas de precaução em relação a uso de máscara, distanciamento e testagem, são as mesmas que a gente orienta para as escolas e que também devem ser seguidas pelos universitários. A gente entende que, por se tratarem de pessoas adultas, em tese eles devem compreender até melhor todas essas orientações.”
Ana Helena ainda destaca que “hoje em dia, com o conhecimento da doença que nós já temos, que as medidas simples como distanciamento são eficazes. Com a vacinação da população, sabemos que é seguro o retorno das atividades universitárias e elas devem ser consideradas essenciais.”
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