LOC.: Na última sexta-feira (24), o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Combate à Tuberculose, que reforça a importância de medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento correto para a doença.
De acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta também na última sexta-feira, em 2022, as Unidades da Federação que apresentaram populações sob maior risco de adoecimento por TB foram Amazonas, Roraima e Rio de Janeiro.
O pneumologista Gerson de Almeida conta que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que acomete principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos como a laringe, gânglios, sistema nervoso central, intestino, rins, entre outros.
TEC./SONORA: Gerson de Almeida - pneumologista
“Segundo o Ministério da Saúde, em 2019 cerca de 10 milhões de pessoas desenvolveram a doença e 1,2 milhões de pessoas morreram. No Brasil, que está entre os 30 países do mundo com alta carga de tuberculose, a incidência da doença foi de 31,6 casos por 100 mil habitantes e de cerca de 4,5 mil mortes por ano.”
LOC.: O boletim aponta que no Brasil, o coeficiente de mortalidade por tuberculose vinha se reduzindo há aproximadamente duas décadas, mas em 2021, essa tendência se reverteu. Foram registrados 5.072 óbitos, o que gerou um coeficiente de 2,38 óbitos por TB por 100 mil habitantes. A última vez que o país registrou número de óbitos por TB superior a 5 mil foi em 2002.
Gerson de Almeida explica que a tuberculose é uma doença evitável, onde deve ser feita a identificação precoce de casos suspeitos e o tratamento correto de casos confirmados. pois estima-se que uma pessoa infectada pode transmitir a tuberculose para 10 ou 15 pessoas em um período de um ano.
TEC./SONORA: Gerson de Almeida - pneumologista
“O SUS tem um programa de combate à tuberculose muito bem organizado, fornece tratamento eficaz e gratuito e quando a pessoa não trata, não identifica a doença e não controla, pode ter sequelas graves no pulmão e até mesmo morrer.”
LOC.: O pneumologista orienta para que se possível evitar ambientes fechados, com má circulação de ar e má iluminação. Ele ressalta a importância da vacina BCG, que é dada na infância, pois a mesma previne contra as formas graves da doença como a tuberculose do sistema nervoso central.
Reportagem, Sophia Stein