LOC.: Tudo começa com uma tosse persistente, que pode vir seguida de febre e cansaço. A tuberculose ainda circula no Brasil e no mundo — e segue fazendo vítimas. O Rio de Janeiro registrou, em 2022, a segunda maior taxa de mortalidade pela doença — foram QUATRO VÍRGULA SETE mortes por CEM MIL habitantes.
Além disso, o estado fluminense registrou, em 2023, a terceira maior incidência da doença no Brasil: foram mais de SETENTA casos por CEM MIL habitantes. Os dados são do Ministério da Saúde.
Ainda segundo o levantamento, no mesmo ano, as autoridades de saúde registraram mais de DOZE MIL novas infecções. Em 2022, foram mais de OITOCENTAS mortes pela doença.
A médica Fernanda Dockhorn, coordenadora-Geral de Vigilância da Tuberculose, do Ministério da Saúde, esclarece os fatores que favorecem a alta incidência da doença no estado.
TEC/SONORA: Fernanda Dockhorn, coordenadora-Geral de Vigilância da Tuberculose, do Ministério da Saúde
“Manaus (AM) e o Rio de Janeiro (RJ) são grandes centros urbanos, com muitas comunidades que têm sua determinação social. Muitas pessoas com situações precárias de vida, com insegurança alimentar, e isso favorece a tuberculose e a perpetuação dela naquele ambiente.”
LOC.: A principal forma de contágio da doença é aérea — quando uma pessoa doente sem tratamento com o bacilo tosse, espirra ou fala.
A professora Nathália Raposo, de 24 anos, teve tuberculose quando morava em Duque de Caxias, na baixada fluminense, em 2018. Os primeiros sintomas foram febre, seguida de suor excessivo na madrugada, e muita tosse. Mas ela só foi buscar um serviço de saúde quando começou a sentir dores para respirar.
TEC/SONORA: Nathália Raposo, professora
“Fui ao posto de saúde e lá relatei os sintomas. E me orientaram sobre como fazer o exame. Fiz, aguardei o resultado. Com o resultado em mãos, neste mesmo posto médico, tive a primeira consulta, já iniciei o tratamento e lá mesmo tive acesso ao medicamento.”
LOC.: No Rio de Janeiro e em todo o país, a Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada para o tratamento da tuberculose. Todo medicamento é fornecido pelo SUS, de forma gratuita.
A adesão total ao tratamento — com duração de seis meses — é fundamental para que a pessoa fique curada.
Em casos mais graves e de tuberculose resistente aos medicamentos, as unidades de referência no estado são o Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras, em Niterói, e o Hospital Estadual Santa Maria (HESM), na capital.
Para eliminar a tuberculose e outras DEZ doenças e CINCO infecções de determinação social, o Governo Federal criou o Programa Brasil Saudável — uma estratégia coordenada pelo Ministério da Saúde com participação de outros TREZE ministérios. Juntos, eles desenvolvem ações para enfrentar a fome e a pobreza, promover proteção social e dos direitos humanos, além de melhorias na infraestrutura, saneamento e meio ambiente.
A meta do programa é reduzir a incidência para menos de DEZ casos por CEM MIL habitantes e fazer cair o número de mortes para menos de DUZENTOS E TRINTA por ano até 2030.
Para saber mais sobre tuberculose e sobre o programa Brasil Saudável, acesse: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/brasil-saudavel.