Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Sudeste, Sul e Centro-Oeste tem queda de casos de SRAG, aponta Fiocruz

Segundo o Boletim InfoGripe,a extensão da vacinação tem grande influência na diminuição de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil

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Grande parte das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresenta interrupção no crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), iniciado em abril, com diversos estados tendo já iniciado a queda desses quadros. Já o Norte do país aponta para a manutenção do crescimento de casos e, no Nordeste, houve interrupção no crescimento. Os dados são do InfoGripe, boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O boletim divulgado nesta quinta-feira (28) também apresenta uma novidade: dados relacionados à proteção conferida pelas vacinas de Covid-19 a partir das doses de reforço. Essa atualização pretende relacionar a incidência de SRAG por Covid-19 com grupo etário e situação vacinal dos casos de internações e óbitos. 

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O estudo mostra que as vacinas contribuíram com a redução significativa do risco de agravamento da Covid. Esse resultado positivo pode ser de até duas vezes maior a depender da faixa etária e do status vacinal. Com as doses de reforço, essa queda tende a ser ainda maior.

Marcelo Gomes, pesquisador em Saúde Pública na Fiocruz e coordenador do InfoGripe, reforça a importância da vacinação contra a Covid-19, principalmente nas gestantes, uma vez que as crianças de 0 a 4 anos são o grupo etário de maior risco de internação por consequência da Covid-19, abaixo apenas das pessoas com mais de 60 anos. Com a liberação da vacinação para crianças de 3 e 4 anos, surge uma preocupação ainda maior com as crianças mais novas.

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“Crianças de 0 e de 1 ano que, inclusive, nesse grupo em particular, são as que têm o risco ainda mais elevado, porque a gente tem uma inversão: quanto mais novo, maior é o risco. Por isso, é importante que as gestantes, estando em dia com a sua vacinação, possam conferir uma certa proteção pro recém-nascido”, pontua o coordenador.

Até o momento, no ano epidemiológico 2022, foram notificadas 204.465 infecções por SRAG, sendo 101,6 mil com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 4,5% são influenza A, 0,1% influenza B, 9% VSR e 79,5% Sars-CoV-2 (Covid-19).

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