Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Sistema Único de Saúde oferece tratamento para o retinoblastoma

O diagnóstico precoce da doença pode evitar a cegueira infantil

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

O retinoblastoma é um tumor maligno raro originário das células da retina, a parte do olho responsável pela visão. Esse tipo de câncer afeta um em cada 18 mil bebês ou crianças de até 3 anos de idade, em um ou ambos os olhos. 

Durante o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, comemorado nesse domingo (18), o Ministério da Saúde reforçou a necessidade dos pais e responsáveis por bebês e crianças ficarem atentos e, caso apareça algum sinal da doença, procurar ajuda médica imediata.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento, assistência, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma, de forma integral e gratuita. Os pacientes são acolhidos nos centros especializados de referência nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).

Campanha Nacional de Multivacinação vai até 30 de setembro

Segundo a oftalmologista  Fabíola Marazato, do CBV-Hospital de Olhos de Brasília, não existe prevenção para o retinoblastoma. Nesses casos, a prioridade é procurar um diagnóstico precoce. 

“Então a família tem que observar é algum tipo de estrabismo, algum desvio do olho, o principal que é o que mais se fala que é o reflexo branco. Quando você tira uma foto que geralmente vai sobressair o reflexo vermelho que a gente tem no fundo do olho quando uma alteração especialmente no blastoma fica branco”, conclui.

A oftalmologista orienta que, mesmo que não tenha aparecido nada no exame do olhinho, realizado nas maternidades, o ideal é fazer consultas oftalmológicas a cada 6 meses ao longo dos 3 primeiros anos de vida da criança.

O principal sintoma da doença é a leucocoria, um reflexo branco na pupila presente em 90% dos casos de retinoblastoma. Outros sintomas são estrabismo, vermelhidão ocular, baixa visão, dor e protusão ocular.

A servidora pública Renata Moura, de 43 anos, moradora de Sobradinho (DF), notou que o olhar do filho de apenas 7 meses tinha um brilho diferente, parecido com o reflexo dos olhos de um gato.

"Quando eu comecei a perceber isso com uma certa frequência, eu entrei na internet pra ver o que poderia ser. E aí depois disso eu já marquei uma consulta com a pediatra dele e logo em seguida já levei o para o oftalmo. Ele fez exames e lá no consultório a gente já recebeu o diagnóstico, que se tratava de um retinoblastoma”, completou.

O tratamento durou aproximadamente 8 meses, foi feito em São Paulo e foi todo custeado pelo SUS. Graças ao diagnóstico precoce, o tratamento trouxe bons resultados. A família volta a São Paulo a cada 6 meses para as consultas de acompanhamento.

O tratamento para o retinoblastoma envolve uma radioterapia local, para a redução do tumor. A remoção do olho é recomendada nos casos extremos. 
 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.