LOC.: Os servidores federais não descartam a possibilidade de greve, caso não consigam definir com o governo um reajuste salarial adequado. Eles aguardam uma resposta do executivo para resolver a pauta econômica da categoria — que tem passado por perdas salariais nos últimos anos. O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, disse que os profissionais saíram frustrados após reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, quando lhes foi anunciado que o reajuste previsto no orçamento de 2024 seria de no máximo 1%.
TEC./SONORA: secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva
“O compromisso que o governo tinha assumido com o conjunto das representações do funcionalismo era que estaria apresentando uma proposta econômica para a categoria. E de fato isso não aconteceu, e isso transformou a reunião numa grande frustração. Reunimos o conjunto das representações do funcionalismo público federal, as centrais sindicais e as entidades representativas, e foi uma avaliação super negativa. O governo enviou ao Congresso o Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2024, onde nem o que ele informou na nossa reunião está contido lá”
LOC.: Para o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do DF (Sindsep-DF), Oton Pereira Neves, o valor proposto pelo governo — 1% — , é considerado insuficiente para suprir a demanda de recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo público.
TEC./SONORA: secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do DF (Sindsep-DF), Oton Pereira Neves
“A gente tem expectativa de que o governo consiga melhorar essa proposta, porque realmente ela é inaceitável, depois de ter perdas salariais nos últimos seis anos e não ter nem a recomposição agora. Então isso é inaceitável”
LOC.: Para os trabalhadores, esse reajuste está muito abaixo do previsto e não consegue acompanhar as necessidades da família, como relata a servidora pública federal Camila Macedo Teixeira
TEC./SONORA: servidora pública federal Camila Macedo Teixeira
“Nós todos sabemos, enquanto servidores, que esse aumento impacta diretamente o orçamento da União. Por outro lado, pensando do ponto de vista do servidor, 1% sobre a remuneração que a gente já recebe não contempla os aumentos que nós tivemos quanto aos preços dos alimentos, quanto ao aumento dos combustíveis, os gastos com moradia, com educação”
LOC.: O governo federal reservou aproximadamente R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2024 para o reajuste dos servidores públicos. Conforme dados do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado, isso só permitiria um reajuste de no máximo 1% aos servidores federais, que anunciam um calendário de mobilizações, a partir de 7 de setembro. Caso não tenham sucesso na campanha salarial de 2024, os representantes desses trabalhadores não descartam o início de uma greve nacional.
Reportagem, Lívia Azevedo