LOC.: A Secretaria Estadual da Saúde confirmou na última quinta-feira (1º) os primeiros casos de febre Oropouche no estado de São Paulo. Duas pessoas foram diagnosticadas com a doença no município de Cajati, na região do Vale do Ribeira, e já estão recuperadas. Em 2024, o Brasil já registrou mais de 7 mil casos, com a maioria concentrada nos estados do Amazonas e Rondônia. A Dra Larissa Tiberto, infectologista, explica sobre a transmissão e os sintomas da doença.
TEC./SONORA: Dra. Larissa Tiberto, infectologista
“A febre Oropouche é um arbovírus associado ao clima úmido, é transmitido através da picada do mosquito pólvora, também conhecido como maruim em algumas regiões. Os sintomas são febre, dores musculares nas articulações, dores de cabeça, náusea, diarréia e manchas na pele.”
LOC.: Segundo o Ministério da Saúde, a febre Oropouche possui dois ciclos de transmissão: o silvestre, envolvendo animais como bichos-preguiça e macacos, e o urbano, onde os humanos são os principais hospedeiros. O mosquito maruim e o pernilongo também podem transmitir o vírus. Karina Martins, infectologista, destaca a importância dos cuidados para prevenir e tratar a febre Oropouche.
TEC./SONORA: Dra. Karina Martins, infectologista
“Como não temos um tratamento específico para essa doença, não temos vacina, não temos remédio específico para essa virose, os cuidados se baseiam em sintomáticos e as medidas de prevenção contra o mosquito. Sintomáticos são usados analgésicos, antitérmicos e, principalmente, repouso e hidratação. Muito importante manter a hidratação adequada, é o principal fator para a recuperação do paciente. Além disso, cuidado com os reservatórios desses mosquitos, para não deixar acumular água nos locais. Onde esses mosquitos possam se proliferar, eles têm a mesma característica de proliferar em épocas de chuvas e temperaturas mais altas.”
LOC.: Até o momento, nenhum óbito por febre Oropouche havia sido registrado no mundo, até que o Ministério da Saúde confirmou, em 25 de julho, as mortes de duas mulheres no interior da Bahia, ocorridas entre março e maio deste ano.
Reportagem Mireia Vitoria