Data de publicação: 16 de Janeiro de 2023, 03:30h, atualizado em 15 de Janeiro de 2023, 23:02h
LOC.: O Brasil ocupa o 7º lugar no ranking mundial do empreendedorismo feminino, com 30 milhões de empresárias ativas, segundo dados do Instituto Rede Mulher Empreendedora. A busca de independência financeira e crescimento profissional estão entre os motivos para essa arrancada no mercado, de acordo com o estudo.
A pesquisa também destaca os desafios a serem enfrentados no empreendedorismo feminino, como o baixo faturamento, a informalidade e a falta de conhecimento em tecnologias para alavancar os negócios, como ferramentas de redes sociais.
O faturamento mensal continua sendo uma das maiores barreiras. De acordo com os índices da Rede Mulher Empreendedora, 63% das empreendedoras brasileiras ganham até 2.500 reais por mês, enquanto 50% dos homens conseguem ultrapassar a marca dos 10 mil reais mensais.
Para a empreendedora Jailza Oliveira, dona de uma loja de aromatizadores em São Paulo, a importância do empreendedorismo feminino está na independência financeira e na redução das diferenças entre homens e mulheres. Ela destaca que ainda há muitos obstáculos.
TEC/SONORA: Jailza Oliveira, empreendedora
“O desafio de ser uma mulher empreendedora é o preconceito. As pessoas não acreditam no seu potencial. E é difícil o preconceito familiar, que acha que não é um trabalho e falta apoio em casa, com filhos e marido. Para a mulher é mais difícil que para o homem, porque a mulher é vista na sociedade com uma imagem de fragilidade. Acham que a mulher não é capaz de resolver muitas coisas, mas a gente consegue. O conselho que eu dou (à mulher que deseja empreender) é que ela seja persistente naquilo que se dispôs a fazer. Não dê ouvido às coisas que não acrescentam em nada. Se você tem um objetivo, um projeto, vá e faça.”
LOC.: Para a deputada federal pelo partido Novo, Adriana Ventura, discutir empreendedorismo é fundamental porque vai além da renda, trata-se de liberdade
TEC/SONORA: Deputada Adriana Ventura (NOVO-SP)
“A gente precisa facilitar o acesso das mulheres ao crédito, por isso é preciso que mulheres, que são ótimas credoras, responsáveis, muitas são arrimo de família, a gente precisa que elas consigam pegar dinheiro emprestado para começar um negócio, para ampliar seu negócio. E que ela possa seguir assim. Então é muito importante que o Congresso faça um esforço para melhorar a vida dessa mulher que quer empreender.”
LOC.: Ainda de acordo com dados da Rede Mulher Empreendedora, o desemprego e a falta de renda durante a pandemia impulsionaram 26% das mulheres a dar o pontapé inicial no negócio. A pesquisa aponta ainda que 77% delas avaliam que são totalmente ou parcialmente independentes financeiramente.
Reportagem: Lívia Braz, Lúcio Flávio e Fernando Alves