Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação
Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação

Santa Catarina reforça que a participação da sociedade é fundamental no combate ao Aedes aegypti

Estado tem feito ciclo de aplicações de inseticida nas regiões mais críticas. Mas o combate à dengue também depende da revisão de possíveis focos do mosquito

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A região de Joinville é a mais afetada pelo Aedes aegypti em Santa Catarina. O município tem uma das incidências mais altas de dengue, chikungunya e zika da região sul (veja o gráfico), razão que leva a Secretaria de Saúde estadual a reforçar as ações de prevenção na região. Além de Joinville, a região metropolitana de Florianópolis, as regiões oeste,  extremo Oeste e o Vale do Itajaí também concentram focos do Aedes aegypti. 

Em 2021, o estado confirmou quase 20 mil casos de dengue, um aumento de 69,33% comparado a 2020. A bióloga da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Tharine Dal Cim, informa que o estado faz inspeções durante todo o ano e que os boletins epidemiológicos são atualizados a cada 15 dias. A partir de então são tomadas providências para o combate emergencial e mais efetivo contra o mosquito.

“Com a transmissão sustentada, faz-se aplicação de inseticidas em ultra baixo volume através de carros e aplicações diretas, com repetição de ciclos. Mas nós sabemos que só a aplicação do inseticida não é suficiente para diminuir  a transmissão da doença”, diz a bióloga. 

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Brasil tem queda de 42,6% nos casos de dengue entre 2020 e 2021, mas números ainda são altos

Cuidados necessários

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.   

A campanha do Ministério da Saúde lembra que cada um deve ter um olhar atento aos seus locais de moradia e trabalho. As inspeções das equipes de vigilância epidemiológicas mostram que pequenos recipientes móveis como pratinhos de planta, potes e garrafas são os principais criadouros do mosquito. O lixo também deve ser bem fechado para evitar o acúmulo de água. 

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

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