LOC.: Os dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023 – Suplemento de Saneamento, divulgados na última quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que um em cada três municípios brasileiros, ou seja, 31,9% deles, ainda usam lixões para despejo de resíduos sólidos, que é considerada a pior maneira de destinação final do resíduo.
Além disso, em 28,6% a disposição final era feita em aterros sanitários e em 18,7% eram utilizados aterros controlados. Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os municípios com população superior a 50.001 habitantes deveriam dar fim aos lixões até agosto de 2023. Porém, 21,5% desses municípios ainda contavam com esse tipo de destinação para os resíduos sólidos. Nos lixões, os resíduos sólidos são descartados diretamente no solo, sem tratamento ou controle ambiental.
No ranking regional, os lixões ainda eram utilizados em 73,8% dos municípios da região Norte e em 52,9% do Centro-Oeste. Já na região Nordeste, em 51,6%, e Sudeste, em 12,6%. A região Sul registrou o menor percentual, sendo que os lixões eram utilizados em 5,7% dos municípios.
Com relação à proporção de municípios com Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), a pesquisa aponta que o Paraná fica em primeiro lugar, no que diz respeito à existência de plano como instrumento específico, com 76,3%, seguido de São Paulo, sendo 75%.
Segundo o levantamento, 71,4% dos municípios brasileiros, o que corresponde a 3.975 cidades, possuem um plano, que é exigido pelo Marco Legal do Saneamento Básico.
A proporção de municípios com a política cresceu de 38,2% em 2017 para 55,9% em 2023 – o que corresponde a 3.112 municípios, os quais afirmaram contar com Política Municipal de Saneamento Básico.
De acordo com os dados, a coleta seletiva estava em 3.364 municípios brasileiros, o que corresponde a 60,5% das cidades.
Reportagem, Bianca Mingote.