LOC: O verão é a época em que a maioria das pessoas está de férias, mas o Aedes aegypti, não. Umidade e calor são as condições ideais para a eclosão de ovos do mosquito e, consequentemente, para o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. No estado do Rio Grande do Sul, o número de infecções por dengue aumentou mais de 150% entre 2020 e 2021. Em dezembro de 2021, apenas 70 dos 497 municípios gaúchos não registraram casos da doença. No total, foram mais de 10 mil pessoas contaminadas dentro do próprio estado. Dessas, 11 faleceram. A técnica do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes aegypti, Carmen Gomes, explicou que o governo atua em parceria com municípios, mas o sucesso no combate depende da adesão da população.
TEC./SONORA: Carmen Gomes, técnica do programa estadual de vigilância e controle do Aedes Aegypti.
“Sempre na tentativa de se manter o trabalho de vigilância e controle do Aedes. Porque a gente sabe que o mosquito existe o ano inteiro. Então, é preciso que os municípios mantenham essas ações ao longo de todo o ano para que quando chegar a estação mais quente, que é a estação do verão, a gente tenha um índice de infestação menor.”
LOC: Segundo a gestora, o noroeste do Rio Grande do Sul, por ser uma região de fronteira, e a região metropolitana são as que mais registram a presença do Aedes aegypti. Em regiões consideradas endêmicas, ou seja, aquelas que têm altos índices de infecção e isso se mantém durante um período, o estado realiza a desinfecção por inseticida, o chamado fumacê. Mas é necessário associar a técnica com medidas de controle mecânico fiscalizando e eliminando locais que tenham água parada. Por isso, a campanha do Ministério da Saúde deste ano estimula que os cidadãos associem o combate à dengue à rotina, como explica o coordenador geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka.
TEC./SONORA: Cássio Peterka, coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde
“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha desse ano ela traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”
LOC.: Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
Reportagem, Angélica Cordova