Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação
Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação

RS apresenta o maior índice de casos de dengue da Região Sul

Governo do estado tem promovido ações de combate rotineiras para frear o avanço da doença.


O Rio Grande do Sul registrou o maior número de casos de dengue, chikungunya e zika vírus nos últimos 10 anos. Comparado apenas com 2020,n o ano 2021 houve aumento de 152,10% no número de casos de dengue, chegando a 10.498 contaminados dentro do próprio estado. 

A técnica do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes aegypti do Rio Grande do Sul, Carmen Gomes, diz que o estado mantém uma política constante de conscientização dos municípios. “A gente sabe que o mosquito existe o ano inteiro. Por isso, é preciso que os municípios mantenham ações de combate ao longo de todo o ano para que, quando chegar a estação do verão, a gente tenha um índice de infestação menor”, enfatiza. 

Nas regiões em que há uma transmissão sustentada, o estado adiciona a nebulização por inseticida, popularmente chamada de fumacê. Contudo, a técnica não dispensa a população de seguir com um olhar vigilante para locais onde pode haver presença de água parada, condição para que as fêmeas depositem os seus ovos.

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Cláudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Brasil tem queda de 42,6% nos casos de dengue entre 2020 e 2021, mas números ainda são altos

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Por isso, a campanha do Ministério da Saúde deste ano estimula que os cidadãos associem o combate à dengue à rotina. “Não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha deste ano ela traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e eliminá-los para não deixar que o mosquito nasça”, explica o coordenador geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka. 

Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. 

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

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LOC: O verão é a época em que a maioria das pessoas está de férias, mas o Aedes aegypti, não. Umidade e calor são as condições ideais para a eclosão de ovos do mosquito e, consequentemente, para o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. No estado do Rio Grande do Sul, o número de infecções por dengue aumentou mais de 150% entre 2020 e 2021. Em dezembro de 2021, apenas 70 dos 497 municípios gaúchos não registraram casos da doença. No total, foram mais de 10 mil pessoas contaminadas dentro do próprio estado. Dessas, 11 faleceram. A técnica do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes aegypti, Carmen Gomes, explicou que o governo atua em parceria com municípios, mas o sucesso no combate depende da adesão da população. 
 

TEC./SONORA: Carmen Gomes, técnica do programa estadual de vigilância e controle do Aedes Aegypti.


“Sempre na tentativa de se manter o trabalho de vigilância e controle do Aedes. Porque a gente sabe que o mosquito existe o ano inteiro. Então,  é preciso que os municípios mantenham essas ações ao longo de todo o ano para que quando chegar a estação mais quente, que é a estação do verão, a gente tenha um índice de infestação menor.”
 


LOC: Segundo a gestora, o noroeste do Rio Grande do Sul, por ser uma região de fronteira, e a região metropolitana são as que mais registram a presença do Aedes aegypti. Em regiões consideradas endêmicas, ou seja, aquelas que têm altos índices de infecção e isso se mantém durante um período, o estado realiza a desinfecção por inseticida, o chamado fumacê. Mas é necessário associar a técnica com medidas de controle mecânico fiscalizando e eliminando locais que tenham água parada. Por isso, a campanha do Ministério da Saúde deste ano estimula que os cidadãos associem o combate à dengue à rotina, como explica o coordenador geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka. 
 

TEC./SONORA: Cássio Peterka, coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde

“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha desse ano ela traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”


LOC.: Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. 

 

Reportagem, Angélica Cordova