LOC.: Especialistas alertam que o período chuvoso contribui para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A pesquisadora Rafaela Vieira Bruno, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do Instituto Oswaldo Cruz explica que é importante eliminar os locais que armazenam água, desde pequenas tampas de garrafas até recipientes maiores, fechar bem caixas d’água e guardar garrafas de vidro com a boca para baixo.
TEC./SONORA: Rafaela Vieira Bruno, pesquisadora e chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do Instituto Oswaldo Cruz
“A fêmea do Aedes aegypti consegue colocar os seus ovos e eles ficam latentes por até um ano em ambientes secos, então quando este ambiente volta a receber a água, os mosquitos terminam o seu desenvolvimento e dá origem aos mosquitos adultos. Portanto, quando a gente tem um período de maior incidência de chuvas, a gente tem a probabilidade de nascimento de mais mosquitos e por conta disso uma tendência ao aumento do número de casos.”
LOC.: Também é preciso prestar atenção em pneus, plantas e até piscinas. O médico infectologista e especialista em dengue Werciley Júnior diz que os cuidados contra a dengue não devem parar.
TEC./SONORA: Werciley Júnior, médico infectologista e especialista em dengue
“É importante relembrar que a dengue não parou a incidência, nós tivemos uma diminuição nos últimos anos por causa de alguns cuidados para a pandemia, mas agora que a gente volta a circular pelas ruas no dia a dia, a gente vai encontrando esses pequenos criadouros pelo caminho e a chuva apenas revelam eles.”
LOC.: Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou cerca de 479 mil casos de dengue desde janeiro até outubro deste ano, uma redução de 47,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o número de mortes confirmadas foi de 199, 64% a menos do que o mesmo intervalo de tempo em 2020.
Reportagem, Poliana Fontenele