Foto: Arquivo/MDS
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Rio Grande do Sul registra mais de 91 mortes maternas por 100 mil nascimentos em 2021

De acordo com o Boletim Epidemiológico do Rio Grande do Sul, uma das principais causas de mortes maternas em 2021 é a infecção por Covid-19

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O Rio Grande do Sul registrou 91,6 mortes maternas por 100 mil nascimentos em 2021. Em comparação aos anos anteriores, foi observado um aumento desse indicador com associação direta a casos de Covid-19 no estado. As informações foram divulgadas no Boletim Epidemiológico do Estado do Rio Grande do Sul no último dia 20. 

O médico da Política de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS) Paulo Sérgio da Silva avalia que mesmo com o governo do estado tendo liberado precocemente as vacinas contra o vírus para gestantes e puérperas, ainda sim, o Rio Grande do Sul registrou diversas mortes ocasionadas pela infecção.

“Das 114 mulheres que morreram no ano de 2021, 64 delas morreram por infecção por Covid-19. E no ano de 2022, nos 45 óbitos maternos que tivemos no estado, 7 foram diretamente causados por infecção de Covid-19”, expõe. 

De acordo com dados do Observatório Obstétrico Brasileiro, a Razão de Mortalidade Materna (RMM) no Brasil aumentou 94% durante a pandemia da Covid-19, retrocedendo a níveis de duas décadas atrás, apresentando 117,4 óbitos maternos por 100 mil nascimentos no ano de 2021.

O médico da SES/RS comenta que o governo do estado tem elaborado estratégias para trabalhar e atuar no enfrentamento das causas de mortalidade materna, infantil e fetal no estado.

“Com relação às estratégias de enfrentamento à mortalidade materna, nós lançamos um protocolo de manejo de hemorragia puerperal. A gente está capacitando médicos e enfermeiros para se prepararem para situações de hemorragia e a gente tem atuado também no sentido de fazer capacitações para o manejo de outras patologias como a hipertensão, a eclâmpsia, pré-eclâmpsia”, explica.

Principais causas dos óbitos maternos em 2021 de acordo com o relatório:

  • COVID-19 (56,2%)
  • Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia (8,9%)
  • Hemorragia puerperal (7,2%)
  • Doenças do aparelho circulatório (6,1%)

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