Rio de Janeiro apresenta queda na coleta de leite materno durante pandemia da Covid-19

Com a pandemia da Covid-19 alguns estados e municípios tem sofrido com a redução de leite materno nos estoques dos Bancos de Leite Humano dos hospitais e maternidades

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Com a pandemia da Covid-19 alguns estados e municípios tem sofrido com a redução de leite materno nos estoques dos Bancos de Leite Humano dos hospitais e maternidades. É o caso da cidade do Rio de Janeiro, a Maternidade Leila Diniz, referência no município, coletava mensalmente de 35 a 40 litros de leite materno por mês. Em abril a unidade registrou uma queda de 25% da doação em decorrência da circulação do vírus.

Neste ano, até o momento, o estado do Rio de Janeiro coletou 1.992 litros de leite materno. A coleta ajudou na recuperação de 2.449 bebês prematuros e/ou de baixo peso internados em Unidades Neonatais em toda a região. O estado contou com a doação de 2.591 mães.

O leite materno é um alimento extremamente importante nos primeiros meses e anos de vida das crianças. No entanto, algumas mães que possuem bebês prematuros e/ou de baixo peso internados nas Unidades Neonatais e não podem por algum motivo alimentar esses bebês diretamente no seu seio, precisam da doação de leite materno de outra mulher e ajuda dos Bancos de Leite Humano para alimentar o filho.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cada pote de leite humano pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia.

De acordo com a coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Janini Selva Ginani, o leite materno é fundamental para evitar o aparecimento de doenças durante o desenvolvimento do bebê.

“O leite materno traz inúmeros benefícios para a saúde da criança. Protege de infecções, diarreia e alergias. Diminui a chance da criança desenvolver diabetes tipo 2, colesterol alto, pressão alta e obesidade na vida adulta. Além de ser a única ação capaz de reduzir a mortalidade infantil em até 13% por causas evitáveis”.

Com dois filhos, sendo um recém-nascido, a engenheira, Luiza Freitas Vidigal, 33 anos, diz que doar leite materno vai além de um gesto de solidariedade, ele ajuda a salvar vidas e sempre tem alguém que precisa.

“Quando vemos nosso filho saudável em nossos braços, temos que pensar nas outras crianças que nasceram prematuras e nas mamães que não conseguem amamentar. Nós podemos ajudar. A doação do leite materno não custa nada, e é o seu leite que está sobrando.”

O leite materno é essencial para ajudar a salvar vidas de bebês prematuros e/ou de baixo peso que estão internados em Unidades Neonatais. O estado do Rio de Janeiro possui 17 Bancos de Leite Humano e 8 Pontos de Coleta de Leite Humano. Mais informações também estão presentes no site saude.gov.br/doacaodeleite. 

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.
 

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