LOC.: Setores e entidades ligados aos micros e pequeno empresários trabalham duro na reta final da regulamentação do primeiro texto da reforma tributária para proteger o setor, que é responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Temendo os efeitos que a mudança pode trazer para o Simples Nacional — que pode impactar 95% das empresas inseridas nesse formato — 18 entidades ligadas ao pequeno negócio assinaram um manifesto, que explica os principais pontos do texto que podem ser prejudiciais ao pequeno empresário.
O documento foi entregue a todos os senadores e deve servir para chamar a atenção parlamentares sobre o impacto da mudança, como alerta o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait, uma das entidades que encabeça o movimento.
TEC/SONORA: Alfredo Cotait, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)
“O que nós estamos pedindo é que haja um movimento para uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional] que possa dar para o Simples a mesma condição de crédito do imposto que as outras empresas do regime normal vão ter, para que não percamos competitividade. E também que haja simplificação, pois ele é simples”
LOC.: São 5 propostas ao texto que regulamenta a reforma, em tramitação no Senado. Entre elas, o dilema que será imposto aos pequenos empresários: permanecer integralmente no Simples Nacional — mas repassar um crédito menor que o transferido pelas concorrentes fora do regime, perdendo competitividade — ou adotar um sistema híbrido, recolhendo separadamente o IBS e a CBS.
O manifesto também explica que esse modelo acarretaria custos tributários mais altos e a necessidade de cumprir mais obrigações fiscais, tornando a operação inviável para a maioria dos pequenos negócios.
Para o presidente da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), Efraim Filho (União-PB), o Simples está previsto na Constituição e os parlamentares estão comprometidos em garantir a manutenção do sistema.
TEC/SONORA: senador Efraim Filho (União-PB)
“O Simples não é algo que está à margem do processo de desenvolvimento brasileito.Cuidar do Simples é manter portas abertas e fazer com que pais e mães de família consigam colocar o pão na mesa de suas casas. Será com esse discurso que a gente tentará fazer essa vitória acontecer no plenário do Senado Federal,”
LOC.: Com a votação prevista ara o próximo dia 4 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, em seguida, para apreciação em plenário do Senado, a mobilização rápida é fundamental para a manutenção de 61% dos empregos gerais hoje no país, como explica o presidente da FCS na Câmara, deputado Domingos Sávio (PL-MG).
TEC/SONORA: deputado Domingos Sávio (PL-MG)
“Estamos falando da sobrevivência de 95% das empresas do brasil e uma grande parte delas, pode se tornar inviável, se nós não fizermos uma mudança muito clara na reforma trinitária que estão pretendendo aprovar.”
LOC.: Estimativas das entidades responsáveis pelo manifesto enviado ao Congresso estimam que se o Simples for extinto, 29% das empresas fecharão, 20% se tornarão informais e 18% reduzirão atividades.
Reportagem, Livia Braz