LOC.: O Ministério da Saúde passou a recomendar, nesta quarta-feira (23), uma segunda dose de reforço contra a Covid-19 em idosos com 80 anos ou mais. A quarta dose deve ser tomada quatro meses após a primeira dose de reforço, de acordo com a pasta.
Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer deverá ser utilizado, preferencialmente. Mas o órgão também admite o uso das vacinas da Janssen ou AstraZeneca. O infectologista Hemerson Luz diz que o posicionamento do Ministério da Saúde já era aguardado e que a eficácia das vacinas tende a diminuir com o passar do tempo.
TEC./SONORA: Hemerson Luz, infectologista
“Existem estudos científicos sobre o tempo de eficácia das vacinas que estão sendo utilizadas na Covid-19 e a necessidade de reforço. Esse reforço vai ter um aumento de eficácia e tem indicação, sim, para pessoas imunodeprimidas e, por enquanto, pessoas acima do sessenta e cinco anos, que são pessoas que em cinco meses, mais ou menos, já apresentam um decréscimo na eficácia da vacina com a diminuição no nível de anticorpos neutralizantes”.
LOC.: O Ministério da Saúde apontou que há aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19 na faixa etária acima dos 80 anos de idade nas primeiras oito semanas epidemiológicas deste ano. Além disso, destaca, que há tendência de perda de proteção em idosos adequadamente vacinados a partir de três a quatro meses e, de forma mais pronunciada, após cinco meses.
Hemerson Luz explica que a quantidade de doses necessárias para garantir maior proteção está sendo ajustada de acordo com o resultado dos exames.
TEC./SONORA: Hemerson Luz, infectologista
“Olhando para a Covid, a gente pode pensar também que esses ajustes são necessários e os estudos devem continuar. As pessoas têm que parar de contar doses. Ninguém conta quantas vezes tomou a vacina da gripe na sua vida. A gente simplesmente vai lá e toma e a Covid-19 vai ser uma doença que volta e meia a população vai ter que tomar a vacina em algum momento”.
LOC.: A expectativa do Ministério da Saúde é que 4,6 milhões de brasileiros recebam a quarta dose com a nova recomendação. A pasta garante que há vacinas suficientes para aplicação neste grupo.
Reportagem, Felipe Moura.