LOC.: A Selic — taxa básica de juros da economia brasileira — chegou a 11,25% na última quarta-feira (31). Mas o impacto da redução para o consumidor não será imediato. Ainda vamos demorar um tempo para sentir os reflexos na redução de financiamentos e outros tipos de empréstimo.
O economista Luigi Mauri explica que — apesar dos cortes já anunciados pelo Banco Central e a previsão de que a Selic termine 2024 a 9% — ainda temos hoje uma taxa de juros bastante alta. E a renda fixa continua sendo vantajosa. O economista direciona essa recomendação aos investidores, para que não tenham prejuízos com negócios de rentabilidade duvidosa.
TEC/SONORA: Luigi Mauri, economista
“É muito importante observar a compra de títulos pré-fixados, ou seja, títulos que estejam indexados com a atual Selic, que é alta. Quem comprar agora títulos pós-fixados, que venham a render com a Selic lá da frente quando a pessoa resgatar o que ela investiu, vai sair perdendo. Por que o cenário é que lá na frente a Selic esteja menor.”
LOC.: O quinto corte consecutivo na taxa Selic fez com que ela chegasse ao patamar mais baixo em quase dois anos. Mas com a tendência de queda, os investidores, como Eduardo Domenico, começam a mudar também a forma de operar.
TEC/SONORA: Eduardo Domenico, investidor e analista financeiro
“Essa é mais ou menos a minha ideia, com relação aos meus investimentos, boa parte está em renda fixa, com essas quedas — e as futuras quedas que vem pela frente — a tendência é que uma parte dos meus investimentos também vão para a renda variável.”
LOC.: Para o consumidor, no curto prazo, não haverá grandes mudanças. O economista Luigi Mauri explica, que na teoria, a Selic deveria balizar outras taxas de juros da economia — como do cartão de crédito e de empréstimos —, mas na realidade da nossa economia não funciona assim. A mudança maior só deve começar a ser sentida a médio e longo prazo.
Reportagem, Lívia Braz