LOC.: O presidente Lula sancionou um projeto de lei que estabelece o Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas. O texto traz as regras para a reativação de quase 5 mil e setecentos empreendimentos ligados à educação e de mais de cinco mil projetos na área de saúde.
A iniciativa vai ao encontro de um dos objetivos do governo com o novo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 3. Além de envolver recursos públicos e privados no investimento em novos ativos de infraestrutura, o Executivo quer retomar obras paralisadas.
Professora da FGV Direito, Patrícia Sampaio, afirma que a retomada de cada projeto deve considerar se aquela estrutura ainda será útil à sociedade como previsto no início das obras.
TEC./SONORA: Patrícia Sampaio, professora da FGV Direito
"Cada caso é um caso. Tem que avaliar se a obra ainda é necessária, se ela atende a requisitos de atualidade no projeto, mas em sendo possível terminar e em sendo necessário aquela obra para a população, certamente que terminar obras já começadas deve ser algo positivo para evitar que os recursos que foram investidos se percam."
LOC.: De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, entre 2019 e 2022 os investimentos em infraestrutura cresceram o equivalente a 0,35% do PIB brasileiro, chegando a 1,86% do PIB ao fim do ano passado. No entanto, a modernização efetiva da infraestrutura exigiria aportes equivalentes a 4,2% do PIB.
Entusiasta do novo PAC, o deputado federal Renildo Calheiros, do PCdoB de Pernambuco, acredita que o programa pode ajudar a diminuir a diferença entre o investimento ideal e o efetivo.
TEC./SONORA: deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
"Esse programa é muito importante para o Brasil, para acelerar o nosso crescimento. São obras, em geral, para melhorar a infraestrutura, criar melhorar as condições para o nosso desenvolvimento e a vida da população."
LOC.: Segundo o Tribunal de Contas da União, cerca de duas mil e setecentas obras financiadas pelos PACs 1 e 2 – nas gestões Lula e Dilma – estavam paralisadas no fim de 2022. Destas, mais de duas mil eram para a educação básica.
Reportagem, Felipe Moura.