LOC.: Dois lotes de rodovias federais e estaduais do Paraná devem ser leiloados este ano, de acordo com o Ministério dos Transportes. A expectativa da pasta é de que as concessionárias que vencerem a disputa invistam mais de vinte e oito bilhões de reais na melhoria da infraestrutura rodoviária.
Em todo o país, o governo planeja fazer 13 leilões de concessão rodoviária ao longo de 2024. Segundo Rodrigo Petrasso, especialista em projetos privados, assim como no nível nacional, a concessão de rodovias à iniciativa privada no Paraná visa, em primeiro lugar, reduzir gargalos que atrapalham o transporte de cargas, facilitando o escoamento da produção agrícola do interior rumo aos portos do litoral.
TEC./SONORA: Rodrigo Petrasso, especialista na área de projetos privados
"A realização desses 13 leilões é uma boa notícia, em especial por conta da preocupação de modernizar a malha rodoviária em setores fundamentais para o escoamento de produção de carga, especialmente de commodities agrícolas. Nós temos um gargalo logístico muito grande, especialmente no agronegócio, por conta da escassez da malha ferroviária e da dependência da malha rodoviária."
LOC.: O Ministério dos Transportes considera o Paraná um estado de extrema importância para o agronegócio do país e acredita que a concessão das rodovias no estado será fundamental para melhorar a logística de escoamento.
O lote 3 de rodovias paranaenses que vão à leilão faz parte da chamada Malha Norte, que abrange 17 municípios. Fazem parte deste lote as BRs 369, 373 e 376 e as PRs 170, 232, 445 e 090. O governo espera que as concessionárias invistam R$ 13,5 bilhões nos quase 570 quilômetros dessas rodovias que vão à leilão.
O lote 6, por sua vez, prevê a concessão de duas rodovias federais (BRs 163 e 277) e cinco estaduais (158,180, 182, 280 e 483). O projeto prevê investimentos de R$ 14,8 bilhões nos mais de 656 quilômetros que passarão a ser administrados pela iniciativa privada. A iniciativa está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) — e deve ir à leilão no segundo semestre deste ano.
Reportagem, Felipe Moura.