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A economia goiana continua demonstrando sinais de crescimento. Segundo a nota executiva divulgada pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), o PIB goiano deve crescer entre 3,7% e 5%, podendo alcançar até 5,5% no acumulado em 2023. Conforme as projeções do instituto, Goiás pode atingir o maior nível de atividade econômica pelo segundo ano consecutivo.
De acordo com a nota, o setor da agropecuária foi o principal responsável pelo crescimento econômico do estado. O setor apresentou uma taxa acumulada de crescimento de 12,7% no ano. Segundo o instituto, esse cenário é reflexo da maior produção agrícola goiana da história.
Conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, divulgado em setembro de 2023, Goiás conquistou a 3ª posição no ranking nacional de produção de grãos, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná. Os destaques goianos foram soja, milho, sorgo, feijão, trigo, algodão, arroz, girassol e gergelim.
Além disso, o estado possui um dos maiores rebanhos de bovinos do país e vem se destacando também nas exportações. De acordo com a Casa Civil de Goiás, em 2022 o estado registrou um faturamento de US$ 11,7 bilhões com as vendas externas de produtos agropecuários.
Na avaliação do pesquisador socioeconômico da Embrapa Arroz e Feijão Alcido Wander a diversificação das cadeias produtivas presentes no estado foram responsáveis pelos resultados positivos do agronegócio goiano.
“Nós temos um conjunto de cadeias presentes no estado que difere um pouco em relação a outros estados do Brasil, onde às vezes tem uma ou 2 cadeias apenas. Nós temos 5, 6 cadeias que estão bem expressivas aqui no estado. Então, essa presença de um agronegócio mais diversificado, isso é uma fortaleza no caso do agronegócio goiano. Nós temos um perfil de produtores que são abertos à inovação. Eles conseguem produzir mais e melhor de uma forma mais competitiva. Além disso, a gente tem a presença de processadoras, agroindústrias que transformam uma parte importante dessa produção em produtos que vão ser consumidos”, explica.
Segundo o pesquisador, diversos municípios têm contribuído para o crescimento econômico do agronegócio no estado.
“Pensando em produção, a gente pode destacar algumas cidades em Goiás que se destacam inclusive a nível nacional. Por exemplo, Rio Verde, Jataí Cristalina, Itumbiara, Anápolis, Mineiros, que nós temos uma produção agropecuária muito forte ou também, às vezes, a agroindústria muito presente nesses municípios, de forma que ele se torna municípios de PIB elevado. Nós temos vários municípios em várias regiões de Goiás que estão se destacando no cenário nacional do agronegócio”, diz.
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até julho deste ano foram gerados cerca de 70 mil empregos formais no estado. Os números estão associados a um crescimento de 14,3% na renda média do trabalhador goiano no 2° trimestre de 2023.
O pesquisador ainda destaca que o crescimento setor agropecuário no estado tem contribuído na geração de emprego e renda.
“A partir desse momento favorável do agronegócio, nós estamos obviamente gerando mais renda, riqueza e isso abre novas oportunidades de trabalho para profissionais em diferentes áreas ligadas ao setor e novas oportunidades de negócios surgem a partir dali. Então, isso, na prática, representa um maior dinamismo econômico. Nós temos mais arrecadação sendo gerada do ponto de vista de tributos, de impostos e isso aumenta as possibilidades do estado de fazer novos investimentos em setores que vão beneficiar a sociedade e, obviamente, abre novas oportunidades para que a gente possa dinamizar cada vez mais esse setor ao nível de estado”, ressalta.
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