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Os estoques de sangue do Hemocentro da Paraíba (Hemoíba) estão em situação crítica. Segundo a instituição, a preocupação maior são com as tipagens A positivo, AB positivo e O negativo, que chegaram ao nível crítico. Para mobilizar os paraibanos a doarem sangue, a rede Hemoíba conta o Hemocentro Coordenador, localizado em João Pessoa e, também, com uma estrutura descentralizada.
A Paraíba tem um hemocentro regional, que fica na cidade de Campina Grande. A unidade também recebe candidatos à doação de medula óssea. Com o objetivo de abastecer o banco de sangue e aumentar o número de doadores de medula, a Hemoíba indica que os voluntários devem procurar o hemocentro regional mais próximo e permitir uma pequena coleta de sangue para averiguação do tipo sanguíneo e da compatibilidade.
Logo depois, o cadastro é repassado para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão nacional responsável pelo gerenciamento das informações do doador e do paciente. Caso haja compatibilidade, o Redome entrará em contato com o doador para retirada das células.
Segundo o Redome, a Paraíba possui 88.331 candidatos cadastrados para doação de medula óssea. Cerca de 300 pacientes do estado aguardam pelo transplante. A reportagem procurou o Hemoíba para saber o número de doadores de sangue com cadastro na hemorrede, mas a instituição não soube informar o quantitativo.
A instituição reforça a necessidade de mais pessoas se tornarem doadores de sangue e medula óssea para atender a toda a demanda hospitalar. A diretora-geral do hemocentro da Paraíba, Shirlene Dantas Gadelha, faz um apelo para que a população se mobilize e compareça em uma das nove unidades de coletas espalhadas pelo estado e ajude a salvar vidas.
“Eu quero fazer um convite para que você agende a sua doação pelo número 3133-3473. Nós estamos com nossos estoques críticos e só através de vocês conseguiremos fazer essa distribuição para os hospitais. Então, vamos participar dessa corrente do bem, dessa corrente solidária e agendar a sua doação. Doe sangue e salve vidas!”
O hemocentro regional de Campina Grande, no agreste paraibano, atende, sobretudo, a sete municípios. Entre eles, estão: Esperança, Umbuzeiro, Guarabira, Curimataú Oriental e Ocidental. A unidade está localizada na Rua Eutécio Vital Ribeiro, sem número, Bairro Catolé. O telefone para contato é o (83) 3344-5475.
A transfusão sanguínea é usada para tratar terapeuticamente pacientes com doenças crônicas ou que vão passar por procedimentos médicos e cirúrgicos. Já o transplante de medula óssea pode significar a cura para a maioria dessas pessoas. De acordo com o Redome, a probabilidade de um doador encontrar um receptor compatível é de uma a cada 100 mil, em alguns casos é de uma a cada um milhão.
O barbeiro Arinaldo Azevedo, 36 anos, mora no bairro Cleuza, em Catolé do Rocha, e teve a sorte de ser compatível com duas pessoas. Ele conta que a sua primeira doação de medula aconteceu em 2015, e o receptor morava em Madri, na Espanha. Na época, o paraibano morava em São Paulo e realizou todo o procedimento no município de Ribeirão Preto.
“Eu fiquei seis dias no hospital internado, fazendo alguns exames e tomando uma medicação antes da doação. A recuperação é rápida, não dói e é supertranquilo. Eu digo sempre que para o doador é apenas um incômodo passageiro, mas para o paciente a diferença é entre a vida e a morte.”
Quatro anos depois, Arinaldo repetiu o gesto de solidariedade. Dessa vez, o beneficiado foi um brasileiro, que estava em tratamento contra um câncer. O barbeiro precisou viajar mais de dois mil quilômetros da Paraíba até o Hospital do Amor, em Barretos, no interior de São Paulo.
“Para mim foi inesquecível, marcou a minha vida por completo. Espero que essa história possa fazer diferença na vida das pessoas que ainda não se tornaram possíveis doadores. Mas para se tornar um doador é preciso ir até um Hemocentro, fazer o seu cadastro. É simples. São apenas oito Mls de sangue ali coletados para que seja feito o seu cadastro.”
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, garante que doar sangue é possível graças ao SUS. “Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
Além do hemocentro regional, os voluntários à doação de sangue e medula óssea no estado podem procurar as hemonúcleos e as unidades de coleta e transfusão que ficam nos municípios de Patos, Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Piancó, Itaporanga e Guarabira. Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades, veja o mapa abaixo.
De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e, depois, um lanche é servido. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses entre as doações. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Candidatos a doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse hemocentro.saude.pb.gov.br
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