LOC.: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu, nesta segunda-feira (28), a inclusão de uma trava no texto da reforma tributária para impedir o aumento da carga de impostos. Segundo o parlamentar, não é suficiente apenas afirmar que a reforma não pode gerar elevação da carga tributária, mas é necessário incluir essa condição na Proposta de Emenda à Constituição, a PEC da reforma tributária.
TEC./SONORA: Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado
"A ideia não é necessariamente a fixação da alíquota. O que se tem como ideia é quanto a um teto, ou seja, um limite que não possa ser extrapolado. A exatidão sobre a alíquota, se 25%, 26%, 28%, 20%, o que for, virá através da regulamentação da emenda constitucional. Seria imprudente fixá-la [a alíquota] agora."
LOC.: Pacheco afirmou que o senador Eduardo Braga, relator da reforma no Senado, está estudando qual seria a melhor forma de colocar o limite na proposta. O presidente do Senado mencionou duas possibilidades. A primeira seria a fixação de um percentual máximo para o Imposto sobre Valor Agregado, o IVA. A segunda seria a definição de um percentual máximo para a carga tributária como proporção ao Produto Interno Bruto.
O presidente do Senado participou do evento do LIDE, o Grupo de Líderes Empresarias, em Brasília. O grupo reuniu gestores públicos e privados para debater temas relacionados com o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Também participou do almoço relator Eduardo Braga, que defendeu a reforma tributária e a importância do debate sobre o tema para acabar com o que ele chamou de manicômio tributário brasileiro.
"É um dos sistemas mais complexos do mundo, que precisa ser simplificado de um lado, de outro lado ter um equilíbrio federativo, e, ao mesmo tempo, garantir que não haja um aumento de carga tributária porque o povo brasileiro, o contribuinte, e o estor produtivo também, não suporta mais aumento de carga tributária."
TEC./SONORA: senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária
"É um dos sistemas mais complexos do mundo, que precisa ser simplificado de um lado, de outro lado ter um equilíbrio federativo, e, ao mesmo tempo, garantir que não haja um aumento de carga tributária porque o povo brasileiro, o contribuinte, e o estor produtivo também, não suporta mais aumento de carga tributária."
LOC.: Questionado se teme que a reforma seja contestada no Supremo Tribunal Federal por alguns governadores e prefeitos que alegam perda de autonomia, o presidente do Senado ainda disse esperar que a decisão tomada pelo Congresso Nacional seja respeitada pelo Executivo e o Legislativo. Pacheco reiterou que a aprovação da PEC exige que parte dos setores público e privado façam algumas concessões.
Reportagem, Felipe Moura.