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O presidente Jair Bolsonaro está internado, em São Paulo, onde realiza exames complementares para verificar a necessidade de uma cirurgia de emergência ou não. A decisão foi tomada pelo médico Antonio Luiz Macedo, responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente.
Conforme consta no Boletim Médico nº 4, desta sexta-feira (16) às 12h55, o presidente da República, Jair Bolsonaro, passa bem e permanece evoluindo satisfatoriamente, com a conduta médica inalterada, mas segue sem previsão de alta hospitalar. Bolsonaro foi internado em Brasília, no dia 14 de julho, após passar mais de 10 dias com soluços e, depois, sentir dores abdominais. Após realizar exames, ficou constatado que o presidente está com uma obstrução intestinal.
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De forma resumida e simplificada, essa é uma condição gastrointestinal, ou seja, que ocorre no sistema digestivo (estômago, esôfago, intestino grosso, intestino delgado, cólon, reto e ânus). Nessa condição a comida digerida é impedida de passar normalmente pelo intestino.
Dentre alguns fatores que podem causar a obstrução intestinal, a mais comum é quando o paciente já foi submetido a algum tipo de cirurgia no abdome. Esse é o caso do presidente Bolsonaro, que precisou realizar cirurgia após sofrer um atentado durante a campanha eleitoral de 2018. É isso o que explica o médico coloproctologista e cirurgião geral, Marcos Tavares.
“Normalmente, esses pacientes já sofreram algum tipo de cirurgia abdominal, porque toda vez em que se abre a parede abdominal do paciente existe o risco de ter aderência. Isso significa que as alças intestinais ficam grudadas umas nas outras o que cria uma dificuldade da passagem da secreção intestinal, do próprio alimento e do bolo fecal. Isso acarreta a obstrução intestinal”, explicou o médico.
O diagnóstico é feito a partir de uma consulta com um médico e a realização de exame de colonoscopia - que faz a captura de imagens do intestino grosso e da parte final do intestino delgado. Dependendo da avaliação médica, é preciso exames complementares para apresentar as condições da parte superior do sistema digestivo, como o esôfago, estômago e a primeira parte do intestino delgado. A partir disso, é possível identificar o local da obstrução pela distensão das alças do intestino.
De acordo com um protocolo do Ministério da Saúde, publicado em 2016, pacientes com diagnóstico ou suspeita de obstrução intestinal aguda precisam ser encaminhados de um atendimento inicial na Atenção Básica para um atendimento mais especializado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para tratar dessa condição, é preciso evitar alimentos sólidos, usar medicamentos contra dor e náuseas e o paciente precisa ser monitorado atentamente. Em alguns casos, é preciso inserir um tubo para ajudar a aliviar a pressão. A depender da gravidade da obstrução, pode ser preciso realizar uma cirurgia.
Depois que o presidente Jair Bolsonaro apresentou a obstrução intestinal, muitas pessoas passaram a se perguntar qual a melhor forma de evitar essa condição. De forma geral, a prevenção é manter uma vida saudável, mas que não impede de o problema surgir. O que pode ser feito é cuidar para que, quando ocorrer, não seja de uma forma grave. Para isso, deve ser feita uma dieta adequada, rica em fibras e líquidos, além da prática de atividade física regular.
“Hoje, com as cirurgias minimamente invasivas, o número de casos de aderência caiu porque a incisão é pequena, feita na parede abdominal nessas cirurgias minimamente invasivas. Isso facilita não ter complicações, não surgir a aderência. Mas não tem como descartar 100%, não tem como evitar”, destacou o médico Marcos Tavares.
De acordo com o Artigo 79 da Constituição Federal, em caso de “impedimento ou vaga do Presidente e do Vice-Presidente da República, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal”.
Para que o presidente Jair Bolsonaro seja temporariamente substituído no comando do país, é preciso que ele peça dispensa pelo tempo em que necessitar de cuidados médicos – o que o presidente ainda não fez, inclusive Bolsonaro já realizou despachos do quarto do hospital onde está internado.
Caso o presidente decida se licenciar, o primeiro na fila de substituição é o vice-presidente Hamilton Mourão, que até o dia 18 estará fora do Brasil, em visita à Angola, onde participa da cúpula da comunidade dos países de língua portuguesa. Depois segue a vez do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas que está impedido de assumir o posto por conta de um impasse jurídico, pois se tornou réu em duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Desta forma, o próximo da linha de sucessão seria o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e, por fim, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
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