LOC.: A Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que liga os municípios de Mara Rosa, em Goiás, e Água Boa, em Mato Grosso, teve os primeiros 30 quilômetros liberados para o processo de desapropriação. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o empreendimento passa por serviços de terraplanagem e retirada da vegetação onde vai passar a linha férrea.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, Venilton Tadini, esse trecho ferroviário representa avanços logísticos para a região. Além disso, segundo ele, mostra que o país tem dado mais espaço para a utilização desse modal.
TEC./SONORA: Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base
“É extremamente importante para a região, do ponto de vista do custo logístico de produção, o que certamente vai favorecer nossa balança comercial. Com essa obra, o Centro-Oeste passa a ser mais competitivo. É uma notícia excelente, dentro, inclusive, do programa que está em andamento pelo governo federal, de permitir maior participação do modal ferroviário na estrutura do transporte.”
LOC.: A professora do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco, Viviane Falcão, entende que investir em ferrovias é essencial para a economia do Brasil.
TEC./SONORA: Viviane Falcão, professora do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco
“Se eu tenho um produto que está sendo deslocado com o menor custo possível de transporte, significa que esse produto, quando chegar no consumidor final, a tendência é que tenha um custo menor. A base econômica brasileira é majoritariamente de produtos de baixo valor agregado, as commodities. São produtos que, normalmente, ocupam um grande volume e têm um grande peso. Para esse tipo de carga, o modo de transporte terrestre considerado mais viável é a ferrovia.”
LOC.: O novo trecho vai possibilitar escoamento da safra produzida na região Centro-Oeste até portos do Sudeste e Nordeste brasileiros. O empreendimento vai contar com 383 quilômetros de extensão.
O custo da obra é de 2 bilhões e setecentos e trinta milhões de reais, custeados por investimento cruzado, resultante da renovação antecipada do contrato de concessão da Vale com a União pela Estrada de Ferro Vitória-Minas.
Reportagem, Marquezan Araújo