A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central. Autoimune significa que o próprio sistema imunológico da pessoa passa a atacá-la, por exemplo, quando o nosso corpo entra em contato com qualquer vírus ou bactéria, o organismo os identifica e ataca antes que possam causar qualquer problema. No caso da esclerose múltipla, o sistema de defesa olha para o sistema nervoso central, formado pelo cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal, confunde essas partes com um vírus e acaba atacando a própria pessoa.
Sintomas
Os sintomas vão depender do sistema nervoso central atacado, mas vamos destacar os cinco principais:
Formigamento na metade do corpo ou rosto;
Dor atrás dos olhos que piora ao movimentar que após um ou dois dias, causa um embaçamento na parte mais central da visão;
Visão dupla;
Sensação de ter uma faixa apertada na barriga acompanhada de fraqueza em uma ou duas pernas;
Sensação de choque que corre pelas costas ao tentar encostar o queixo no peito.
A característica mais importante dos sintomas é que eles vêm e vão, duram em média cerca de duas semanas e tendem a desaparecer completamente na maior parte das vezes, é o que se chama de esclerose múltipla recorrente remitente.
Existe uma idade mais comum para a esclerose múltipla começar?
Sim, ela é uma doença de pessoas jovens, os primeiros sintomas se manifestam entre os 20 e 30 anos é uma doença mais comum em mulheres e principalmente em pessoas de pele branca. É uma doença rara em afrodescentes e orientais.
O que causa a esclerose múltipla?
Assim como a maiorias das doenças autoimune, também depende de dois fatores para seu aparecimento:
Predisposição genética: o filho recebe vários genes dos pais que, quando se juntam, aumentam as chances de desenvolvimento da doença mesmo se os pais não apresentam a doença;
Gatilho ambiental: vírus da família do herpes, que causa a mononucleose infecciosa, ou doença do beijo.
Diagnóstico
É necessário procurar um médico, após entender a história clínica e o exame físico, ele irá solicitar uma série de exame para descartar outras doenças que possam se confundir com a esclerose múltipla, mas o exame mais importante é a ressonância magnética de crânio, que mostrará alterações na mielina que são compatíveis com a doença. Exames como ressonância da coluna e o de líquor, colhido nas costas, também serão solicitados.
Tratamento
A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas possui tratamento. Existe uma série de medicações desenvolvidas especificamente para o seu tratamento e que se baseiam em reduzir a chance do sistema imunológico atacar o próprio organismo. A escolha do remédio depende da conversa entre o médico e o paciente, que leva em consideração uma série de fatores como desejo de gestação, estilo de vida, etc.
De forma geral, com o uso das medicações atuais a taxa de controle da é muito alta. Seguir algumas recomendações podem ajudar ainda mais no tratamento, como manter um estilo de vida saudável, praticar atividade física, não fumar ou consumir bebidas alcoólicas e na medida do possível, reduzir o estresse.
Não se assuste com o nome esclerose, existem diversas doenças que começam com o nome esclerose que são muito diferentes desta, na medicina, esclerose significa um tecido que inflama e cicatriza, se fosse possível apertar essa cicatriz entres os dedos, ela seria meio endurecida.
A esclerose múltipla tem tratamento com altas taxas de sucesso, especialmente se for diagnosticada nas fases iniciais. Se apresentar os sintomas citados acima, não deixe de procurar um médico, de preferência um neurologista.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.