LOC.: Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico deve ser de 3,73 por mil habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país estão bem abaixo: com menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).
Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. Para ampliar o número de cursos de Medicina e vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.
Segundo a advogada e consultora jurídica da AMIES, Priscila Planelis, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação.
TEC/SONORA: Priscila Planelis, advogada e consultora jurídica da AMIES,
“Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”
LOC.: Um dos motivos para as negativas do MEC é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de medicina.
No Brasil61.com você acessa a lista atualizada das instituições de ensino superior que tiveram pedidos negados pelo MEC para a abertura de novas vagas em Medicina de diversos estados do Nordeste do país.
Reportagem, Lívia Braz