LOC.: No Pará, 52 municípios foram afetados e geraram arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, conhecido como Cfem, em dezembro de 2023. No mesmo período, Pará recolheu R$ 5,662 milhões da compensação financeira.
Conforme a Agência Nacional de Mineração (ANM), o repasse do CFEM é distribuído da seguinte forma: 60% é destinado aos municípios produtores; 15% aos estados produtores; 15% é repassado aos municípios afetados e 10% vai para a União.
O superintendente de arrecadação e fiscalização da ANM, Daniel Pollack, explica como funciona a distribuição dos 15% aos municípios afetados.
TEC./SONORA: Daniel Pollack, superintendente de arrecadação e fiscalização da ANM
“Então, 55% do valor vai para a ferrovia, 35% vai para afetação de estruturas, 7% para operações portuárias e 3% para minerodutos. Cada uma dessas modalidades tem uma regra de cálculo diferente para a gente alcançar um índice, que é o índice que cada município que vai ter direito. Então, por exemplo, na ferrovia, o cálculo leva em consideração a extensão e a quantidade”.
LOC.: O superintendente da ANM ainda destaca que os valores arrecadados pelos estados podem ser investidos pelas prefeituras para uma diversificação da atividade econômica.
TEC./SONORA: Daniel Pollack, superintendente de arrecadação e fiscalização da ANM
“Por previsão legal, as prefeituras precisam investir 20% desses recursos em áreas ligadas ao desenvolvimento mineral sustentável, a diversificação econômica, ao desenvolvimento tecnológico e científico. Justamente para diminuir a dependência que o município vai ter desses recursos, que são oriundos de uma atividade finita, já que o minério é um recurso natural escasso e que algum dia vai acabar”.
LOC.: As cidades paraenses que mais receberam repasses da Cfem foram: Marabá, (R$ 2,357 milhões), Piçarra, (R$ 1,111 milhão), Bom Jesus do Tocantins, (R$ 824 mil), Almeirim, (R$ 278 mil) e Curionópolis, (R$ 178 mil).
Reportagem, Landara Lima