LOC: A decisão do Supremo Tribunal Federal para manter os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com base nos habitantes que os municípios tinham em 2018 (e não os registrados pelo IBGE em 2022) foi correta. A avaliação é do especialista em Direito Regulatório e Tributário, Ariel Bezerra. A decisão contrariou a orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo a qual os repasses do FPM às prefeituras, deveriam seguir os resultados do censo do IBGE, de 2023.
Segundo o especialista, a orientação anterior do TCU prejudicaria muitos municípios que possuem mais habitantes, do que a quantidade indicada no censo IBGE de 2022 - cujos resultados são questionados pelas prefeituras. Bezerra adianta também que vários municípios devem entrar na Justiça contra os números levantados pelo censo, em 2022.
SONORA: Ariel Bezerra, especialista em Direito Regulatório e Tributário
“Ao final do censo, os municípios que tiverem uma redução da população, o que acarretaria numa redução na participação do Fundo – FPM –, provavelmente podem tentar buscar uma medida judicial para questionar o censo, em razão da nova metodologia que foi apresentada, e de todos os problemas apresentados pelo censo atual.”
LOC: A decisão liminar concedida pelo Supremo, determinando que o Tribunal de Contas da União voltasse atrás, e permitisse que os repasses do FPM sejam distribuídos de acordo com os habitantes registrados pelo IBGE em 2018, foi comemorada por prefeituras de todo o país. A secretária de Desenvolvimento Econômico de Campina Verde (MG), Nali Azambuja, destacou a importância da decisão.
SONORA: Nali Azambuja, Secretária de Cultura e Desenvolvimento Econômico de Campina Verde (MG)
“Essa decisão do Supremo vem para sanar uma grande preocupação, pois municípios pequenos como o de Campina Verde - que teve a queda da quantidade de habitantes no último censo de 2022 - seriam muito prejudicados. Campina Verde seria muito prejudicada, se essa decisão fosse mantida.”
LOC: Os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, através de impostos, e são repassados, a cada dez dias a todas as prefeituras do país, de acordo com o número de habitantes.
Reportagem: José Roberto Azambuja