LOC.: Os compromissos globais assumidos pelos signatários do Acordo de Paris não são suficientes para conter o aumento da temperatura global, alertou a Organização das Nações Unidas, a ONU.
No ritmo atual, a elevação da temperatura pode alcançar de 2,4 a 2,6 graus Celsius até o final do século, de acordo com Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. A meta do acordo era manter abaixo de 2 graus.
As transições globais para o baixo carbono podem contribuir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030. Para se aproximar das metas do acordo, as emissões precisam cair entre 28% a 42%.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um plano para a transição da indústria brasileira para uma economia de baixo carbono. A proposta inclui recomendações como aumentar o uso de biocombustíveis.
O gerente de Recursos Naturais da CNI, Mário Cardoso, aponta que o Brasil tem uma vantagem, por já possuir conhecimento sobre a produção do etanol.
TEC./SONORA: Mário Cardoso, gerente de recursos naturais da CNI
“Só que a gente tem uma outra fronteira a romper, que é você sair dessa produção de etanol de primeira geração como a gente diz, que é esse que todo mundo conhece, que produz açúcar. O etanol feito a partir do caldo da cana. Para um etanol de segunda geração, o etanol que utilize o bagaço de cana ou qualquer biomassa, a gente pode utilizar outras fontes de biomassa para fazer etanol de segunda geração, então o etanol feito em via enzimática, diferente do outro etanol de primeira geração.”
LOC.: Mário Cardoso também destaca a importância de alcançar maior produtividade em uma mesma área plantada, seja na produção de etanol, a partir da cana-de-açúcar, ou de outras culturas.
A CNI definiu como "fundamental" manter uma presença robusta das energias renováveis na matriz energética, especialmente frente à possibilidade de eventos climáticos extremos que podem afetar os reservatórios de água utilizados na geração hidrelétrica.
Reportagem, Nathália Guimarães