LOC.: O período de semeadura da soja no Mato Grosso começa a valer dia 16 de setembro e se estenderá até o dia 24 de dezembro. A portaria nº 840, que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2023/2024 para 21 Unidades da Federação, foi publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira (11).
O especialista Gustavo Kanheski explica o motivo da existência do calendário.
TEC./SONORA: Gustavo Kanheski, especialista em soja
“O calendário da semeadura da soja é estabelecido por motivo do vazio sanitário. De agora até a época da semeadura, que é no começo de outubro, não pode ter plantas de soja viva por causa do vaso sanitário para evitar a multiplicação de doenças.”
LOC.: As datas para a semeadura da soja são estabelecidas como forma de complemento ao período de vazio sanitário. As duas medidas têm o mesmo objetivo, ou seja, reduzir ao máximo o surgimento da ferrugem asiática, uma doença que pode ocasionar até 75% de perda da safra e que possui alta capacidade de reprodução e disseminação.
O vazio sanitário da soja é a época em que é vedado cultivar, implantar ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de crescimento. A violação desse período pode resultar em penalidades como a interdição da propriedade, multas, destruição do plantio
Kanheski afirma que a ferrugem asiática é a doença mais desagradável nas lavouras e explica o porquê.
TEC./SONORA: Especialista em soja, Gustavo Kanheski
“A ferrugem asiática é o vilão da soja. Ela é uma doença que se pegar na lavoura de soja você não vai produzir nem a metade do que é previsto. Por isso que existe vazio sanitário para evitar que as doenças se multipliquem, principalmente a ferrugem”.
LOC.: Em 2022, o Mato Grosso produziu por volta de 24,7 milhões de quilos de soja, o que gerou mais de U$ 14,4 milhões em exportações para o estado. Já em 2023, até o momento, foram produzidos cerca de 17,2 milhões de quilos e gerou aproximadamente U$ 9,4 milhões em exportações.
Reportagem, Daniela Gomes