Data de publicação: 08 de Dezembro de 2022, 04:45h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:33h
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais apresentou avanço de 0,5% na margem no encerramento do terceiro trimestre, mesmo com um recuo de 1,3% em setembro. Foi a sexta variação positiva na base de comparação entre os trimestres.
O conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Carlos Eduardo de Oliveira Jr., explica que, historicamente, o período analisado pela pesquisa mostra que a indústria apresenta bons resultados, já que há uma maior produção para atender as demandas de final de ano. Mesmo assim, ele defende que o setor deve ter uma maior atenção, dada a sua relevância para a economia do país.
“A indústria é um tema bastante relevante para nossa economia. É essencial que esse novo governo restabeleça a confiança numa política industrial, que torne o setor mais importante ainda para a economia do país”, considera o economista.
Quanto aos componentes do consumo aparente, a produção interna destinada ao mercado nacional caiu 1,1% em setembro e 1,4% no terceiro trimestre. Já as importações de bens industriais cederam 1,9% no mesmo mês, mas tiveram elevação de 8,3% no trimestre.
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A relevância da indústria para o Brasil também é tema de debate entre parlamentares no Congresso Nacional. O deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), por exemplo, entende que o setor contribui para a geração de empregos no país, por isso, precisa de mais apoio do poder público.
“A indústria é a base de tudo. Se nós conseguirmos facilitar, por meio da legislação, o ambiente de negócio para a indústria, será sempre melhor. Isso porque na base do emprego está a indústria. Precisamos entender que o setor precisa ser valorizado, e precisamos dar todas as condições para que as indústrias possam renascer”, pontua o parlamentar.
Acompanhe os resultados na tabela abaixo:
Na comparação com 2021, a demanda por bens industriais aumentou 0,7% frente a setembro do ano passado. Diante do quadro, o terceiro trimestre avançou 2,6%, em relação ao mesmo período de 2021.
Enquanto os segmentos de bens de capital e bens de consumo duráveis apresentaram elevação, com altas de 2,4% e 2,5%, respectivamente, a demanda por bens intermediários teve recuo pelo segundo mês consecutivo, ao cair 2,4% na margem.
No terceiro trimestre, os destaques positivos voltaram a ficar por conta da demanda por bens de capital e bens de consumo duráveis, com elevações de 4,6% e 1%, respectivamente.
Já em relação às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação teve diminuição de 2,2% sobre agosto, com o fim do terceiro trimestre com alta de 0,5%. A extrativa mineral, por sua vez, avançou 3,7% na margem, com queda de 6,7% no terceiro trimestre. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas tiveram alta de 6%.