LOC.: A partir deste mês de janeiro, os beneficiários do INSS já recebem os valores reajustados. De acordo com o órgão, quem recebe mais de um salário mínimo terá reajuste de 3,71%, baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC. A portaria foi publicada nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial da União.
Já os aposentados que ganham até um salário mínimo vão receber 6,79% de reajuste no benefício.
São quase 26 milhões de pessoas que recebem até um salário mínimo e 13,3 milhões ganham acima do piso nacional.
Na análise do advogado especialista em direito previdenciário, Rodolfo Ramer, aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios com valores maiores que o salário mínimo vivem um achatamento dos valores.
TEC./SONORA: Rodolfo Ramer - advogado
“Para quem ganha mais de um salário mínimo isso não reflete o poder de compra, o poder real, apenas o INPC, e faz com quem ganha mais receba cada vez mais próximo do mínimo, porque o reajuste do mínimo foi superior. Vamos imaginar uma pessoa que ganhava mais que o salário de R$ 1.320, por exemplo, R$ 1.400. Com o reajuste já igualou ao mínimo praticamente”.
LOC.: O INPC aborda a cesta de consumo das famílias com renda mensal entre um e cinco salários mínimos. O índice é o menor desde 2018, quando teve um acréscimo de 3,43%.
A partir do dia 23 de janeiro os beneficiários poderão consultar o extrato de pagamento para verificar quanto vão receber. Ramer explica como funcionam os pagamentos.
TEC./SONORA: Rodolfo Ramer - advogado 2
“Existe um calendário que você pega no site do INSS, que apresenta quando você vai receber, de acordo com o número final do seu benefício. Vai de janeiro até fevereiro pagando esses reajustes e quem ganha acima de um salário mínimo só começa a receber a partir de fevereiro”.
LOC.: Os pagamentos começam no dia 25 de janeiro e seguem até 7 de fevereiro, para quem recebe até um salário mínimo. Já quem ganha mais vai receber a partir de 1º de fevereiro.
Os novos segurados com benefícios acima do mínimo não receberão integralmente o reajuste. Neste caso, a correção será proporcional ao número de meses de 2023 em que o benefício foi concedido.
Por exemplo, quem começou a receber em dezembro do ano passado terá reajuste de 0,55%.
Reportagem, Yumi Kuwano