Foto: Arquivo/Agência Brasil
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Índice de Preços ao Consumidor - Semanal sobe 0,60% na quadrissemana de maio

A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu dos grupos Educação, Leitura e Recreação, segundo informações do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre)

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O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de maio de 2023 subiu 0,60%. E acumulou alta de 3,54% nos últimos 12 meses, segundo informações do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). Renan Gomes, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explica que a alta na inflação é devido ao momento de grande demanda por produtos e serviços que o Brasil vive.

“O mercado de trabalho ainda está aquecido com o aumento da renda, do trabalho e com mais empregos sendo gerados, o que eleva a demanda por produtos e serviços levando ao aumento de preços”, completa.

Segundo o estudo, a maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação cuja taxa de variação passou de -1,05%, na primeira quadrissemana de maio de 2023 para -1,90% na segunda quadrissemana de maio deste ano.

O grupo de Saúde e Cuidados Pessoais também registrou queda em sua taxa de variação, que foi de 1,67% para 1,41%. Nesta categoria, é importante destacar que os medicamentos em geral tiveram queda de 3,38% para 2,54%.

Os grupos de transportes, comunicação, habitação, despesas diversas, vestuário e alimentação apresentaram avanço em suas taxas de variação. O Ibre ressalta que, nestas categorias, vale citar os itens: tarifa de ônibus urbano (2,01% para 3,09%), tarifa de telefone móvel (2,27% para 3,74%), taxa de água e esgoto residencial (0,12% para 0,84%), jogo lotérico (3,35% para 6,63%), roupas femininas (0,11% para 0,56%) e hortaliças e legumes (7,14% para 8,37%).

O economista também avalia que embora o cenário ainda seja de aquecimento, o mercado gera sinais em alguns setores de freio no crescimento das vendas. O cenário é de boa demanda para o setor de serviços e comércio, mas em um cenário de maior aperto monetário, reduz o crédito para consumidores e portanto esse bom momento deve ter deve durar menos do que o esperado. 

“A política monetária restritiva, com juros altos e também sinais do governo de maior controle das contas públicas, deve fazer com que nos próximos meses a inflação reduza, até com projeções de redução dos juros no final do ano por conta disso”, explica. 

Gomes esclarece que as projeções de crescimento econômico para este ano são menores do que no ano passado, também revelando um cenário de desaceleração da economia nos próximos meses.

Próximas semanas

Otto Nogami, economista, expõe que a decisão da Petrobras em reduzir os preços do diesel, da gasolina e do gás de cozinha, impactarão sobre o IPC-S, pois são itens com grande participação no cálculo do indicador.

“É importante lembrar também que com a proximidade do inverno alguns produtos hortifrútis poderão apresentar alta de preço, reduzindo o benefício da redução do preço dos combustíveis”, comenta.

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