LOC.: Entre 2013 e 2020, os incentivos fiscais administrados pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene, foram responsáveis, direta ou indiretamente, pela atração de investimentos da ordem de quase 248 bilhões de reais para o Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo. Enquanto a renúncia fiscal foi de R$ 30 bilhões e 400 milhões, o que representa 12,3% do total investido.
No período, mais de 2.900 empreendimentos receberam incentivos e foram responsáveis pela criação e manutenção de mais de 1 milhão de empregos. Os dados são do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Os benefícios se encerram no dia 31 de dezembro de 2023. Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prorroga os incentivos por mais 5 anos, até 31 de dezembro de 2028.
A especialista em Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria, Ana Fidelis, afirma que os benefícios são fundamentais para a melhoria dos indicadores sociais das regiões Norte e Nordeste.
TEC./SONORA: Ana Fidelis, especialista em Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
“A prorrogação dos incentivos estimula empresas que assumem maior risco e que são lucrativas. Além disso, aumentam a atração de investimentos nas regiões menos desenvolvidas, contribui para a conservação da floresta amazônica e para desconcentração regional da produção no Brasil”
LOC.: O deputado federal Júlio César, do PSD do Piauí, é autor do projeto em tramitação na Câmara. Ele afirma que os incentivos são um instrumento de redução das desigualdades regionais existentes no Brasil.
TEC./SONORA: deputado federal Júlio César (PSD-PI)
“É um estímulo que o empreendedor, o empresário pode aplicar na sua própria empresa, 75% do imposto de renda que ele vai pagar. Isso é muito importante. Como coordenador da bancada do Nordeste, brigo todos dias pela diferença existente em nosso país em todas as regiões, na renda per capita do povo nordestino em relação ao Sul e Sudeste, principalmente.”
LOC.: Com parecer favorável do relator, o projeto de lei entrou na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, mas a análise ainda não foi concluída devido a um pedido de vista. Caso aprovado, o texto será remetido para análise do Senado.
Reportagem, Fernando Alves