LOC.: O impacto potencial da cadeia do hidrogênio verde pode ser de cerca de 4 bilhões de reais a 60 bilhões no PIB do Rio Grande do Sul. Além disso, de 2.000 a 40 mil empregos podem ser gerados até 2040. Os dados são de levantamento realizado pela consultoria McKinsey & Company, a pedido do governo gaúcho.
São necessárias energias renováveis para realizar a produção do hidrogênio verde, como a solar e a eólica. Por possuir recursos naturais para a produção desses dois tipos de energia, o governo do estado agora aposta no potencial de geração do hidrogênio verde.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, o estado possui 63 projetos eólicos localizados em terra e 22 na costa marítima. Também foram mapeados dez municípios favoráveis para o desenvolvimento da cadeia do hidrogênio verde: Giruá, Uruguaiana, São Francisco de Assis, Dom Pedrito, Vila Nova do Sul, Cambará do Sul/Arroio do Sal, Porto Alegre, Mostardas, Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.
Um dos membro da Comissão Especial de Debate de Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde, o senador Luís Carlos Heinze, do Progressistas do Rio Grande do Sul, explica que o setor agrícola também pode contribuir para a produção de hidrogênio verde.
TEC./SONORA: Luís Carlos Heinze, Senador (Progressistas-RS)
“O Brasil é hoje um dos países que em termos de energia, pode ser líder mundial. Tínhamos o etanol, tínhamos o biodiesel, além da energia hídrica que o Brasil é grande produtor. Mas nós temos o setor florestal, o setor da cana de açúcar, e os produtores de biogás, que dentro da agricultura tem também o biogás. Então nós termos alternativas dentro do agro, que vão se somar ao projeto agregando várias formas de produção do hidrogênio verde”.
LOC.: De acordo com a professora de materiais e ciências do ambiente Lina Varon, a cadeia do hidrogênio verde vai demandar um novo entendimento sobre o consumo energético.
TEC./SONORA: Lina Varon, professora de materiais e ciências do ambiente
“Novos processos de fabricação vão ter que ser analisados, onde se utiliza um combustível fóssil, vai entrar agora, um hidrogênio e uma energia renovável. Então, grandes coeficientes operacionais desse processo, vão ter que mudar. Isso demanda novas profissões, novas experiências.”
LOC.: Levantamento da BloombergNEF projeta o Brasil como um dos únicos países capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo até 2030.
Reportagem, Landara Lima.