LOC.: Goiás possui 6 municípios considerados prioritários para o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci 2. O projeto tem como objetivo prevenir, reprimir e controlar a criminalidade nos 163 municípios brasileiros que concentram 50% das mortes violentas intencionais. Águas Lindas de Goiás, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Goiânia, Luziânia e Senador Canedo estão nesse recorte.
O presidente do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Cássio Thyone, explica que o planejamento e execução de políticas públicas de segurança são essenciais para a redução da criminalidade.
TEC./SONORA: Cássio Thyone, presidente do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
“Quando você trabalha em cima de evidências, em cima de dados, você consegue direcionar melhor os seus recursos e executar ações que vão impactar diretamente na violência.”
LOC.: No primeiro trimestre deste ano, Goiás registrou 281 vítimas de mortes violentas intencionais, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado. A categoria engloba vítimas de ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, feminicídio, mortes decorrentes de intervenção policial e vitimização policial.
O advogado especialista em segurança pública Berlinque Cantelmo aponta que embora o estado esteja na sexta posição no ranking dos estados com melhor índice de contingenciamento de crimes violentos, Goiás ainda carece de melhor estruturação das regiões fronteiriças com demais estados brasileiros.
TEC./SONORA: Berlinque Cantelmo, advogado especialista em segurança pública
“É importante frisar também que a polícia militar de Goiás ainda carece de um aumento de efetivo considerando também o aumento populacional que o estado vem assistindo ao longo dos últimos 6 anos em razão do crescimento real do agronegócio nessa região como um todo.”
LOC.: De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 o país registrou cerca de 23 mortes por 100 mil habitantes. Sobre as vítimas, 76,9% são negras, 50,2% possuem entre 12 e 29 anos e 91,4% são do sexo masculino.
Reportagem, Sophia Stein