LOC.: Goiânia é o município que teve mais gastos públicos e, também, a maior arrecadação tributária do Centro-Oeste, em 2022. A capital do estado de Goiás atingiu o pior e o melhor desempenho no gerenciamento das contas públicas no ano passado, de acordo com os dados da última pesquisa da MultiCidades – Finanças dos Municípios do Brasil, obtidos pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos. O município fechou as contas públicas com um total de R$ 6,7 bilhões em despesas e R$ 7,1 bilhões em receita no ano passado.
Apesar da arrecadação ter sido maior, a editora do anuário, Tânia Villela, ressalta que o cenário pode mudar com a aprovação de leis que diminuem as alíquotas do ICMS sobre combustíveis — atualmente em discussão no Congresso Nacional — que podem afetar negativamente a parcela destinada aos municípios.
TEC./SONORA: Tânia Villela, economista editora do anuário MultiCidades
“Até outubro, de janeiro a outubro de 2023, o ICMS havia caído 5,6% em termos reais, já corrigidos da inflação. Isso contribuiu muito para que a receita corrente líquida dos estados ficasse no negativo em 2023 até outubro, quase 2% a menos em relação ao mesmo período de 2022. Então isso afetou os estados e afetou também os municípios”
LOC.: A Confederação Nacional de Municípios demosntra preocupação com o comportamento das receitas e das despesas e os impactos que isso pode causar na gestão local. Segundo a CNM, muitos municípios fecharam o ano no vermelho. Por conta disso, a economista e editora do anuário, Tânia Villela, acredita que o FPM, por se tratar da principal receita de quase 7 em cada 10 Municípios do país, merece atenção especial dos gestores municipais.
TEC./SONORA: Tânia Villela, economista editora do anuário MultiCidades
“Quando olhamos o FPM, que é uma transferência para os municípios muito importante, especialmente para os pequenos municípios, até outubro de 2023, ele estava praticamente parado, com uma ligeira queda de 0,6%. Então, isso justifica a preocupação dos municípios pequenos que sofrem quando o FPM não cresce. Até porque o FPM em 2022 andou muito bem, teve um crescimento de 15,5%, em função do crescimento do imposto de renda, já que o IPI caiu, por medidas do governo federal em 2022”
LOC.: Goiânia fechou as contas públicas com um total de R$ 6,7 bilhões em despesas e R$ 7,1 bilhões em receitas no ano passado. Já Campo Grande aparece na segunda posição com R$ 5,2 bilhões em custos e R$ 5 bilhões em receitas, fechando a conta no vermelho. Cuiabá vem logo atrás, com a mesma situação que a capital do Mato Grosso do Sul. O município arrecadou R$ 3,2 bilhões em receitas, um valor menor do que as despesas que registram R$ 3,4 bilhões.
Reportagem, Lívia Azevedo