LOC.: O segundo repasse do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, veio abaixo do esperado por gestores municipais e na contramão da sequência de alta que ocorria desde o início do ano. Serão R$ 880 milhões distribuídos às cidades brasileiras.
De janeiro até o segundo decêndio de março, o valor acumulado do FPM já ultrapassou os R$ 38 bilhões. Neste mesmo período do ano passado a soma chegava a R$ 34 bilhões — o que representa um crescimento nominal de 10,5 por cento.
Mas o segundo decêndio de março veio menor que o valor pago no ano passado. Uma queda que pode ser apenas ‘pontual’, segundo o assessor de orçamento Cesar Lima.
TEC/SONORA: Cesar Lima, assessor de orçamento
“Nós tivemos recordes sucessivos de arrecadação e agora uma queda nesse período entre carnaval e páscoa — quando as pessoas dão uma descida no consumo. Mas vamos esperar o próximo decêndio para a gente conseguir ver se isso é um ponto fora da curva ou se é algo que vai ser mantido.”
LOC.: O repasse reduzido não desanimou quem depende dos recursos do FPM para pagar despesas básicas do município. O prefeito de Amargosa na Bahia, Júlio Pinheiro, atribui aos incentivos do governo e aceleração da economia a melhoria notada este ano.
TEC/SONORA: Júlio Pinheiro, prefeito de Amargosa na Bahia
“O governo federal tem feito esforços para a retomada da economia, como a redução da taxa de juros, uma série de políticas de incentivos à indústria, de reabertura de créditos para empresas. Isso junto com a política de transferência de renda tem feito a economia voltar a respirar e a única forma de aumentar a arrecadação é com a economia crescendo.”
LOC.: Segundo o gestor, que também é vice-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), cerca de 90% das cidades baianas dependem do FPM para custear despesas como folha de pagamento ou fornecedores. Somente com as contas em dia é possível pensar em investimento na infraestrutura das cidades, o que também é custeado com recursos do FPM.
Reportagem, Lívia Braz