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Data de publicação: 31 de Maio de 2022, 15:48h, atualizado em 31 de Maio de 2022, 20:21h
LOC.: Moradores de Roraima são frequentemente surpreendidos por apagões. Segundo dados mais recentes da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, cada unidade consumidora abastecida pela distribuidora Boa Vista sofreu em média dois apagões no mês de março, considerando interrupções iguais ou superiores a três minutos.
Mas em algumas regiões pode faltar energia ainda mais vezes, como em Caroebe, que registrou mais de seis apagões por unidade consumidora, e São Luiz do Anauá, com uma média de 5,74 interrupções de energia.
Uma das alternativas para melhorar o fornecimento de energia para os mais de 650 mil moradores de Roraima é a extensão do Linhão de Tucuruí, o que ligaria o estado ao Sistema Interligado Nacional.
O professor de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Camargo, destaca a importância da integração de Roraima ao SIN.
TEC./SONORA: Ivan Camargo, professor de Engenharia Elétrica da UnB.
“A única capital brasileira que não está conectada ao Sistema Interligado Nacional é Boa Vista. O estado de Roraima, portanto, será muito beneficiado por essa interconexão. De uma parte, ela aumenta a confiabilidade do sistema e, além disso, permite que ele desligue usinas termelétricas a óleo combustível, que são caríssimas e estão atualmente ligadas.”
LOC.: A obra depende da aprovação de um projeto de lei, porque vai precisar cruzar por terras indígenas para fazer a ligação. O projeto de lei complementar em tramitação na Câmara dos Deputados declara a passagem de linhas de transmissão de energia elétrica por terras indígenas como de relevante interesse público da União.
O senador Vanderlan Cardoso, do PSD de Roraima, afirma que o Linhão de Tucuruí vai beneficiar toda a população brasileira, com a redução dos custos de energia termelétrica.
TEC./SONORA: senador Vanderlan Cardoso, PSD-RR.
“O benefício não é só para Roraima, é para todo o Brasil, já que hoje o consumidor brasileiro arca com parte das despesas, subsidiando o custo de energia em Roraima. Ressaltando que 122 quilômetros são de terras indígenas Waimiri Atroari e vai passar do lado da BR-174. Então não vai ter problema nenhum de desmatamento.”
LOC.: De acordo com o projeto de lei, a linha de transmissão de energia deve atravessar as terras do povo Waimiri Atroari, na divisa entre Roraima e Amazonas, onde serão erguidas 250 torres de transmissão. Para isso, o texto assegura uma indenização às comunidades indígenas afetadas, pelo usufruto das terras, sem prejuízo das demais compensações previstas em lei.
Reportagem, Paloma Custódio