Data de publicação: 25 de Dezembro de 2022, 20:10h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:26h
A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) prendeu, na noite de sábado (24), George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, por tentar explodir uma bomba em local próximo ao Aeroporto de Brasília. Neste domingo (25), em audiência de custódia a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Em depoimento, o apoiador do presidente Jair Bolsonaro confessou que tinha a intenção de causar uma explosão no local.
O delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, confirmou que George Washington, morador da cidade de Xinguá, no estado do Pará, se deslocou para Brasília para participar das manifestações de apoio a Jair Bolsonaro, que ocorrem em frente ao QG do Exército, na capital federal. Cândido anunciou neste domingo que a Policia Civil já teria identificado a segunda pessoa que teria instalado o artefato, em caminhão que transportava combustível, no aeroporto de Brasília.
“Se esse material adentrasse no aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista. A perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento, mas não sei por que, talvez até por ineficiência técnica deles, não conseguiram explodir”, enfatizou o delegado.
No depoimento, George Washington afirma ainda que policiais militares e bombeiros disseram a ele que não iriam coibir destruição e vandalismo durante os atos realizados por manifestantes bolsonaristas, no dia 12 de dezembro, em frente ao Edifício-Sede da Polícia Federal, em Brasília.
“Houve o protesto contra a prisão do índio onde eu conversei com os PMs e Bombeiros responsáveis por conter os manifestantes que me disseram que não iriam coibir a destruição e o vandalismo desde que os envolvidos não agredissem policiais. Ali ficou claro para mim que a PM e o Bombeiro estavam ao lado do presidente e que em breve seria decretada a intervenção das forças armadas”, disse.
No twitter, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou os acampamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Também na rede social, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou que a pasta oficiou a Polícia Federal para “acompanhar a investigação, no âmbito de sua competência, adotar as medidas necessárias”.