Em 2023, o dólar registrou uma queda anual histórica de pouco mais de 8,00%. No início do ano, os principais operadores de mercado projetavam a cotação de R$ 5,30 para 2023, segundo o Boletim Focus, do Banco Central do Brasil, o Bacen. Os agentes econômicos foram positivamente surpreendidos com a cotação real de R$ 4,85 até o final do ano passado.
Alguns eventos principais ao longo de 2023 favoreceram esta queda.
No cenário nacional, o mercado financeiro, que estava reticente com a troca de governo no início de 2023, foi surpreendido por medidas fiscais consideradas austeras, perante as expectativas. A meta de déficit zero perseguida pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento sinalizaram para o mercado compromisso do governo com as contas públicas. Por conseguinte, foi possível uma diminuição gradativa da taxa básica de juros, a Selic, por parte do Banco Central do Brasil.
Uma menor taxa de juros praticada favoreceu a atratividade à renda variável e pode atrair divisas internacionais ao país. Mas, apesar da menor taxa de juros básica praticada, a taxa brasileira acima de 11% torna competitivos os investimentos em títulos nacionais, em vista do praticado no exterior.
No mercado externo, a tendência de menores juros em países desenvolvidos, como na área do euro e nos Estados Unidos, favorece a comparativa atratividade brasileira tanto na renda fixa, quanto variável. Uma maior oferta de dólares internamente possibilita a valorização do real.
Atualmente e após a aprovação da reforma tributária no final de 2023, agências de classificação de risco, como a Standard & Poor 's, reavaliaram a nota de crédito brasileira para melhores patamares. A melhor avaliação de crédito trouxe imediata valorização da moeda brasileira não somente com relação ao dólar, mas com relação ao euro também.
As cotações do câmbio internacional podem ser consultadas através da companhia Morningstar.