Eleições 2024: PL lidera número de prefeitos eleitos nas cidades bilionárias
Partidos do centro se sobressaem em relação aos de esquerda nas cidades com prefeitos eleitos em primeiro turno
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Os eleitores brasileiros foram às urnas no último dia 6 de outubro escolher seus novos prefeitos e vereadores. Algumas cidades já definiram logo no primeiro turno quem estará à frente do Executivo local a partir do ano que vem. Outras, porém, ainda vão ter essa definição no dia 27 deste mês, em segundo turno.
Entre as 92 cidades bilionárias do país, também há locais onde o resultado final ainda não foi cravado. Mas, o que mais chamou a atenção foi a pouca presença de partidos de esquerda entre os prefeitos eleitos e os que levaram a disputa para uma segunda rodada de votação.
Desse grupo de municípios, 16 elegerem candidatos do PL, em primeiro turno. Trata-se da sigla mais repetida nesse recorte. Na sequência, aparecem MDB, PP e PSD, com representantes eleitos ou reeleitos em seis cidades bilionárias, cada. Por outro lado, para se ter uma ideia, o PT elegeu apenas duas candidatas no primeiro turno, entre esses entes.
Para o cientista político Eduardo Grin, esse cenário é comum, uma vez que candidatos de partidos mais ligados ao “centrão”, como PP e MDB, costumam propor políticas mais voltadas às economias relacionadas ao agronegócio e outras atividades empresariais – o que é mais expressivo nessas cidades consideradas mais ricas.
“Isso significa que esses partidos têm mais vínculo com o meio empresarial do que partidos de esquerda, que, historicamente, têm uma relação maior com movimentos sindicais e movimentos de trabalhadores. E esse tipo de discurso tem mais dificuldade de penetrar em cidades onde o eleitorado é mais vinculado às atividades econômicas e mais conservador”, pontua.
Veja o resultado das eleições em primeiro turno em cada uma das 92 cidades bilionárias
Outros partidos com prefeitos eleitos ou reeleitos em primeiro turno nas cidades bilionárias foram REPUBLICANOS, em cinco municípios; União Brasil, em quatro; PDSB e PODEMOS, em três; e NOVO, AVANTE e PSB, em um município, cada.
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Quanto às reeleições, entre as 92 cidades com arrecadação bilionária, 26 mantiveram seus atuais prefeitos para comandarem por mais quatro anos. Na avaliação do cientista político Leandro Gabiati, a quantidade de prefeitos reeleitos está relacionada à uma boa percepção, por parte do eleitorado, em relação ao trabalho prestado pelos gestores na atual legislatura.
“O que o cidadão eleitor avalia é a gestão do prefeito, não interessa se o prefeito é 13 ou 22. Se o prefeito fez uma boa gestão, geralmente o que o eleitor faz é validar ou não a permanência desse prefeito. Então, não há surpresa nesse número elevado de reeleitos”, considera.
Confira a listas das cidades bilionárias que terão eleição em segundo turno
- Manaus (AM) - David Almeida (AVANTE) e Capitão Alberto Neto (PL)
- Palmas (TO) – Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira (PODE)
- Porto Velho (RO) – Mariana Carvalho (União) e Léo (PODE)
- Belém (PA) – Igor (MDB) e Delegado Eder Mauro (PL)
- Fortaleza (CE) – André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT)
- Natal (RN) – Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT)
- Aracaju (SE) – Emilia Correa (PL) e Luiz Roberto (PDT)
- Camaçari (BA) – Caetano (PT) e Flávio (União Brasil)
- João Pessoa (PB) – Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL)
- Campina Grande (PB) – Bruno Cunha Lima (União) e Jhony Bezerra (PSB)
- Campo Grande (MS) – Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União)
- Cuiabá (MT) – Abilio (PL) e Lúdio (PT)
- Aparecida de Goiânia (GO) – Leandro Vilela (MDB) e professor Alcides (PL)
- Goiânia (GO) – Fred Rodrigues (PL) e Mabel (União)
- Anápolis (GO) – Márcio Corrêa (PL) e Antônio Gomide (PT)
- Ponta Grossa (PR) – Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (União)
- Londrina (PR) - Tiago Amaral (PSD) e Professora Maria Tereza (PP)
- Curitiba (PR) - Eduardo Pimentel (PSB) e Cristina Graeml (PMB)
- Pelotas (RS) - Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL)
- Porto Alegre (RS) - Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT)
- Canoas (RS) – Airton Souza (PL) e Jairo Jorge (PSD)
- Caxias do Sul (RS) – Scalco (PL) e Adiló (PSDB)
- Belo Horizonte (MG) – Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD)
- Uberaba (MG) – Elisa Araújo (PSD) e Tony Carlos (MDB)
- Niterói (RJ) – Rodrigo Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL)
- Guarujá (SP) - Farid Madi (Podemos) e Raphael Vitiello (PP)
- Ribeirão Preto (SP) - Ricardo Silva (PSD) e Marco Aurélio (Novo)
- São José do Rio Preto (SP) – Coronel Fábio Cândido (PL) e Itamar Borges (MDB)
- Piracicaba (SP) – Barjas (PSDB) e Helinho Zanatta (PSD)
- Limeira (SP) - Betinho Neves (MDB) e Murilo Félix (PODE)
- Barueri R$ (SP) – Beto Piteri (Republicanos) e Gil Arantes (União Brasil)
- São Paulo (SP) - Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
- Diadema (SP) – Yamauchi (MDB) e Filippi (PT)
- São Bernardo do Campo (SP) – Marcelo Lima (Pode) e Alex Manente (Cidadania)
- Guarulhos (SP) – Sanches (PL) e Pietá (Solidariedade)
- São José dos Campos (SP) – Anderson Farias (PSD) e Eduardo Cury (PL)
- Taubaté (SP) – Ortiz Junior (Republicanos) e Sergio Victor (Novo)
- Santos (SP) - Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL)