Data de publicação: 20 de Setembro de 2023, 20:30h, atualizado em 21 de Setembro de 2023, 07:52h
LOC: Conforme previu a maioria dos analistas do mercado econômico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira ( 20) um corte de 0,5% na taxa Selic, a taxa básica de juros – reduzindo o percentual para 12,75% ao ano. A decisão foi anunciada por volta das 18h30.
Para o economista Renan Silva, um dos especialistas que “previram” o corte, a notícia da redução dos juros é boa para o Brasil porque traz, como consequência, a possibilidade de crescimento para o país. Segundo o especialista, que é professor de Economia do Ibmec Brasília, a queda dos juros faz com que o custo do capital - para as empresas - também sofra uma redução, além do crédito ao consumidor, que deve ficar mais barato - provocando maior consumo, melhor atividade econômica e, consequentemente, melhoria do emprego e renda no país. Ele explica que isso fará com que o Brasil cresça além das expectativas projetadas, no início deste ano.
SONORA: Renan Silva, professor de Economia do Ibmec Brasilia
“O que leva a crer que realmente esse ano o país deve crescer bem além das expectativas projetadas no início de 2023, que era em torno de meio por cento. Hoje, os mesmos agentes de mercado acreditam que o país possa crescer algo em torno de 3,2% ao ano, na medida que a redução da taxa Selic até o final do ano se concretize”.
LOC: O Comitê de Política Monetária (O Copom) é o órgão do Banco Central responsável por definir a taxa básica de juros (Selic). As reuniões do órgão são sempre esperadas com muita expectativa pelo mercado financeiro. E o colegiado se reúne a cada 45 dias, quando os integrantes do grupo decidem se vão diminuir, aumentar ou manter a Selic – que é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Portanto, a taxa Selic influencia todas as taxas de juros do país, como as dos empréstimos bancários, as dos financiamentos de produtos comprados pelos consumidores e, também, as taxas de juros executadas nas aplicações financeiras.
Reportagem: José Roberto Azambuja