LOC.: Confiança dos Pequenos Negócios atinge o maior patamar desde novembro de 2013. É o que mostra a sondagem feita pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.A marca de 100,6 pontos foi influenciada principalmente pela melhora das expectativas do Comércio, impulsionada com a ajuda dos recursos dos pacotes emergenciais do governo federal, melhoria do mercado de trabalho e a desaceleração dos preços.
O Índice de Confiança das micro e pequenas empresas é a compilação dos índices de credibilidade dos três principais setores da economia: Comércio, Serviços e Indústria de Transformação. A melhora foi concentrada no Comércio, que registrou crescimento de 5,4 pontos. Já o setor de Serviços, apesar do resultado positivo de 0,5 ponto no mês, tem dado sinais de perda de fôlego nos últimos meses.
No setor da Indústria de Transformação, que verte matéria-prima em produtos, a exemplo de aço em ferramentas, a queda foi de 1,4 ponto pelo segundo mês consecutivo. Segundo especialistas, o resultado do Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas em agosto é reflexo da atual situação da economia, com melhora das perspectivas de curto prazo incentivado, inclusive, com a ajuda dos auxílios federais.
TEC/SONORA.: Marco Aurélio Bedê, Analista de Gestão Estratégica do Sebrae
“O que esperamos até final de agosto de 2022 é uma tendência de recuperação da economia por conta da melhora da renda dos trabalhadores, em especial da reativação da economia como um todo. E essa expectativa foi puxada pelos pequenos negócios do comércio, favorecido pela injeção de renda que o governo está fazendo na economia por meio de benefícios aos motoristas de táxi, caminhões e, em especial, pelo auxílio Brasil”.
Mais emprego
LOC.: Outro dado importante significativo relacionado ao setor fornecido pelo Ministério do Trabalho, é que, em julho deste ano, sete em cada dez novas vagas de empregos foram criadas pelos pequenos negócios. São mais de 1,1 milhão de trabalhos gerados pelas micro e pequenas empresas, um crescimento de 72%.
Os três setores que mais geraram empregos são serviços, com quase 62 mil postos de trabalhos, seguido do Comércio, com pouco mais de 34, 400 vagas e, na sequência, a construção, com mais de 30,600 oportunidades de trabalhos.
Profissional da construção civil, desde os 12 anos trabalhando com obra, Edson Dias, 32 anos sentiu o reflexo da economia no setor.
TEC/SONORA.: Edson Silva, 32 anos, mestre de obras
“Cresceu bastante este ano a construção civil e estamos aí trabalhando firme. A economia valorizou para todo mundo, a mão de obra valorizou este ano, todo mundo está ganhando, o dono de material de construção a gente com a mão de obra, não tenho nada que reclamar, não”.
LOC.: Entre os negócios que deram sinal de recuperação no mercado, neste primeiro semestre, após a crise da pandemia, foi o segmento de estética e beleza. Inclusive com recorde de abertura de CNPJ. Apesar da alta da inflação, com aumento dos custos de serviços como água, energia e produtos, os seis primeiros meses de 2022 registraram o maior número de formalizações nesse setor desde 2019. Foram 109,4 mil empresas do gênero de estética e beleza abertas, superando todos os semestres de 2021, 2020 e 2019.
Para facilitar a vida de quem empreende e está pensando em procurar crédito no mercado financeiro, o Sebrae disponibiliza opções de financiamento em diversos tipos de instituições. São créditos que atendem desde bancos tradicionais de atuação nacional ou regionais, até cooperativas de crédito e agências de fomento.
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações do Sebrae para apoiar os donos de pequenos negócios com informações úteis e qualificadas para uma melhor tomada de decisão pelo crédito. A nova versão do documento pode ser acessada pela internet no Portal do Sebrae: www.sebrae.com.br.