LOC.: Mais de 39 mil quilombolas de Irecê e municípios vizinhos serão beneficiados com a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Dos 18 municípios da microrregião de Irecê, Lapão e Ibititá são as regiões com o maior número de quilombos. Segundo a coordenadora de imunização de Lapão, Simone Tosta, mais de 5 mil quilombolas habitam a zona rural, mas também frequentam a zona urbana.
TEC./SONORA: Simone Tosta, coordenadora de imunização de Lapão
“Hoje as comunidades vivem integradas ao convívio das cidades. Vacinar os quilombolas significa proteger não só aquela comunidade que se pensa de forma errada, que vive em isolamento, mas proteger a comunidade e as pessoas que vivem na sociedade, fazendo com que essa vacina crie uma barreira de proteção para os lugares onde elas convivem e moram.”
LOC: A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários.
TEC./SONORA: Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde
“As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
LOC.: Para Valdicleia da Silva Marques, líder quilombola da comunidade Lagoa dos Batatas e representante do Conselho Territorial das Comunidades do município de Ibititá, os quilombolas precisam entender a importância da vacina.
TEC./SONORA: Valdicleia da Silva Marques, líder quilombola da comunidade Lagoa dos Batatas e representante do Conselho Territorial das Comunidades do município de Ibititá
“Se todas as pessoas que morreram tivessem tomado a vacina, nós não estaríamos num sofrimento desse. O mundo está escuro, está sem vida. Quando você pensar em não se vacinar, pense no próximo que você pode contaminar. Salve vidas, vacina sim, vacina para todas as comunidades quilombolas, vacina para todos desse mundo.”
LOC.: A vacina é segura, passou por testes e é uma das principais formas de combater o coronavírus. Não tenha medo de tomar a vacina! Procure o líder quilombola de sua comunidade e fique atento ao calendário de vacinação do seu município. Ao sentir qualquer sintoma da Covid-19, como febre, tosse seca, dor de cabeça, cansaço e dificuldade de respirar, procure o Atendimento Imediato nas Unidades Básicas de Saúde ou centros comunitários mais próximos de sua região. Para mais informações sobre a vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
Reportagem, Luiza Aldser