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LOC.: O comércio e os serviços devem movimentar o mercado de trabalho neste fim de ano. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do SPC Brasil, a expectativa é de que sejam abertas cerca de CENTO E DEZOITO MIL vagas em todo o país, um crescimento de 7% em relação a 2024.
As contratações incluem temporários, efetivos, terceirizados e informais, com destaque para funções como vendedor, ajudante e balconista.
A remuneração média é de R$ 1.819, e quase metade das empresas afirma que pode efetivar os trabalhadores após o período sazonal.
Apesar do otimismo com as vagas, economistas fazem um alerta. O cenário macroeconômico ainda pede cautela, principalmente por causa dos juros elevados, avalia o economista da Associação Comercial de São Paulo, Ulisses Ruiz de Gamboa.
TEC/SONORA: Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto Gastão Vidigal e da Associação Comercial de São Paulo
“Com juros tão altos, vai chegar um momento em que essa desaceleração econômica vai começar a se intensificar muito. Mas, na medida em que a gente tem um crescimento menor do gasto público e um aumento menor de preços, o Banco Central pode viabilizar um início mais rápido da redução de juros, o que beneficiaria toda a economia.”
LOC.: Já para o varejo, as perspectivas para o fim de 2025 continuam positivas. Os empresários esperam bons resultados nas vendas, impulsionados pelas festas de fim de ano. E esse movimento também deve refletir na geração de empregos temporários, como explica o gerente executivo da CNDL, Daniel Sakamoto.
TEC/SONORA: Daniel Sakamoto, gerente executivo da CNDL
“A gente precisa conferir se as expectativas de 2026 vão se confirmar ou não, mas a verdade é que, para este final de ano de 2025, o varejo espera bons números de venda. Serão mais de 100 mil vagas de contratação temporária, muitas delas com possibilidade de se tornarem efetivas — e isso é muito importante para o país.”
LOC.: O levantamento mostra ainda que 32% dos empresários apontam a instabilidade econômica como motivo de insegurança para contratar em 2026, ano que será marcado por eleições.
Ainda assim, o setor acredita que o último trimestre de 2025 deve garantir confiança extra ao mercado de trabalho e ao consumo.
Reportagem, Livia Braz